O chefe da equipe Ferrari, Mattia Binotto, afirmou que o número de penalidades de grid devido à troca de motor, está muito grande, e ele não está se referindo apenas à contagem da Ferrari.
Com seis corridas restantes no campeonato deste ano, Charles Leclerc e Carlos Sainz já foram atingidos, não uma, mas duas vezes cada, com penalidades de grid por causa do motor. E a Ferrari não é a única.
Apenas cinco pilotos escaparam desse tipo de penalidade até agora nessa temporada, Sebastian Vettel e Lance Stroll da Aston Martin, Alexander Albon e Nicholas Latifi da Williams, e Daniel Ricciardo da McLaren.
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Oito pilotos foram penalizados no GP da Bélgica e nove em Monza, o grande número de rebaixamentos no grid relacionados ao motor, exigiu que os comissários decifrassem as regras esportivas da categoria, e levaram quatro horas para fazer isso em Monza.
“A razão pela qual demorou tanto, é que certamente existem interpretações diferentes e o regulamento não é claro o suficiente”, disse Binotto. “Isso é algo que precisamos abordar certamente para o futuro.”
“Não apenas como decidimos a posição no grid com base nas penalidades, acho que a quantidade de penalidades que recebemos também é demais”, acrescentou.
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O chefe da Ferrari disse que a solução para isso, é dar às equipes mais motores, já que atualmente estão limitados a três antes que os pilotos comecem a sofrer penalidades.
“Talvez três unidades de potência por piloto, seja muito pouco para o que alcançamos”, disse ele. “Talvez isso precise ser reconsiderado para as próximas temporadas.”
Na próxima temporada, a Fórmula 1 terá 24 GPs, conforme calendário divulgado hoje, dois a mais do que este ano, e atualmente não se fala em aumentar o número de componentes do motor sem penalidades.
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Ser penalizado porque uma peça quebra não parece justo, não pelos padrões esportivos, mas no mundo de hoje é a única maneira de manter os custos baixos para as equipes.
A Fórmula 1 do passado se foi, o mundo onde as equipes podiam investir US$ 400 milhões em um campeonato não existe mais. Essa é uma verdade.
Desde a época em que se dizia que algumas equipes mais ricas na década de 1980, usavam motores de ‘qualificação’, um motor que tinha mais potência, mas não era construído para durar muito, e outro para as corridas, um pouco menos potente, mas com maior durabilidade, a Fórmula 1 tomou medidas para se tornar mais sustentável, para o meio ambiente e para a conta bancária das equipes.
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Em 2009, a categoria limitou as equipes a oito motores por carro, com o piloto penalizado se precisasse de um nono. Desde então, esse número caiu para três para, o Motor de Combustão Interna, Turbo Charger e MGU-K, e dois para o Energy Store e Control Electronics.
Parece completamente injusto que um piloto pague o preço pela equipe não projetar peças que possam ir mais longe. Pode custar-lhes uma vitória numa corrida, pode até custar-lhes um título no campeonato.
Mas se não fosse assim, alguns fabricantes de motores, ainda estariam agindo como na década de 80, deliberadamente construindo motores que são super potentes, mas só podem cobrir um fim de semana de corrida.
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Infelizmente, pelo menos por enquanto, as penalidades de grid causadas por troca de motor, são um mal necessário. Por outro lado, poderia haver um estudo para permitir ao menos quatro unidades de potência por temporada para cada piloto.