“Nos preocupamos com a venda da empresa pelo ponto de vista do segredo comercial. Muitos dos produtos que a Avibras fabrica foram desenvolvidos graças ao investimento de dinheiro por parte do Estado”, disse Gonçalves à Sputnik Brasil. “Então é o acervo tecnológico que pode ser entregue para outro país, o que, para nós, significa um crime lesa-pátria.”
Setor estratégico
“Nenhuma empresa de defesa sobrevive sem o apoio do governo. Os EUA, líderes do setor, investem bilhões em suas empresas, como a Lockheed Martin, a Raytheon ou a Boeing”, disse Farinazzo à Sputnik Brasil. “Os EUA adquirem aeronaves F-15 da Boeing, apesar de serem ultrapassadas, somente para manter a empresa operando. E isso é uma visão estratégica.”
“Agora, quando a venda da Avibras estava sendo feita para a Austrália, não havia o furor que vemos agora que uma empresa chinesa entrou no negócio. Uma pode, a outra não pode? Tem algo errado aí”, questionou Farinazzo. “A verdade é que existe um interesse muito grande em deixar que países ligados à OTAN fiquem no controle da indústria de defesa brasileira.”
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Fonte: sputniknewsbrasil