STF manda prender três réus por descumprirem cautelares no inquérito dos atos antidemocráticos


Conteúdo/ODOC – O Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou nesta terça-feira (3) a prisão preventiva de três indivíduos do estado de Mato Grosso por violarem as condições de suas liberdades provisórias. Valdir Francisco de Souza, residente em Juara, Lauro Henrique Xavier, de Alto Araguaia, e Lindalva Cesaria de Campos, de Cuiabá, haviam sido liberados sob medidas cautelares no contexto do Inquérito 4.921, que investiga atos antidemocráticos ocorridos em janeiro.

Os réus, acusados de envolvimento em ações que resultaram em danos às sedes dos poderes legislativo, executivo e judiciário, foram anteriormente colocados em liberdade mediante o uso de tornozeleiras eletrônicas e outras restrições, como a proibição de viagens internacionais, suspensão do porte de armas e restrição ao uso de redes sociais.

No entanto, segundo informações da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso, os três réus descumpriram repetidamente as condições estabelecidas. Valdir desativou sua tornozeleira desde outubro do ano passado, enquanto Lauro Xavier também desativou o equipamento, conforme verificado pela ausência de sinal GPS por mais de dois dias. Já Lindalva Cesaria de Campos foi registrada violando o monitoramento em 139 ocasiões, seja por falta de sinal, bateria descarregada ou rompimento da cinta.

Diante dessas violações persistentes, o ministro Alexandre de Moraes determinou novamente a prisão dos acusados, ressaltando o descaso demonstrado em relação às ordens judiciais. Além das prisões preventivas, Moraes ordenou o bloqueio imediato das contas bancárias, ativos financeiros e veículos dos réus, como medida para garantir o cumprimento das sanções impostas pelo STF.

O inquérito 4.921 investiga possíveis crimes de associação criminosa, atentado à democracia, golpe de Estado, ameaças, perseguição e incitação ao crime, tendo como foco os autores intelectuais e instigadores dos atos antidemocráticos ocorridos em janeiro.

Fonte: odocumento

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