Nesta sexta-feira (28), a Justiça retomou uma audiência crucial do caso conhecido como Massacre em Paraisópolis, que ocorreu em 2019 durante um baile funk, resultando na morte de nove jovens e deixando outras 12 pessoas feridas. Vinte e quatro testemunhas foram convocadas para depor, sendo 22 de defesa e duas de acusação.
O julgamento envolve 13 policiais militares acusados de participação nas mortes. Doze deles respondem por homicídio qualificado e lesão corporal dolosa eventual, enquanto um 13º agente enfrenta acusações por exposição de pessoas a perigo ao soltar explosivos durante o tumulto em Paraisópolis. Todos os acusados permanecem em liberdade durante o processo.
A audiência ocorreu no Fórum Criminal da Barra Funda, presidida pelo juiz Antonio Carlos Pontes de Souza, da 1ª Vara do Júri. Iniciada às 11h, a sessão se estendeu até as 20h e incluiu o depoimento de cinco testemunhas de defesa, entre elas o coronel Fernando Alencar de Medeiros, coronel Marcelino Fernandes da Silva, delegado Emiliano da Silva Chaves Neto, ex-comandante geral da PM Marcelo Salles, e coronel Douglas José Ferreira de Oliveira, comandante do 16º Batalhão na época do incidente.
Familiares das vítimas estiveram presentes em frente ao fórum, exigindo justiça e segurando fotos dos jovens mortos. A continuação da sessão está marcada para 2 de agosto às 10h, conforme informado pelo Tribunal de Justiça (TJ).
Fonte: gazetabrasil