Refém russo libertado por Israel relata tortura física e psicológica nas mãos do Hamas


A família de um dos reféns resgatados numa operação de Israel na Faixa de Gaza no último fim de semana relatou à emissora americana CNN que ele sofreu tortura física e psicológica nos oito meses em que esteve nas mãos do grupo terrorista Hamas.

Andrei Kozlov, 27 anos, é russo e se mudou para Israel em 2022. Ele trabalhava como segurança num festival de música eletrônica onde o Hamas promoveu um massacre e sequestrou várias pessoas durante os atentados de 7 de outubro. Kozlov e outros três reféns foram resgatados pelas Forças de Defesa de Israel (FDI) no último sábado (8).

Mikhail Kozlov, pai do jovem, disse à CNN que o filho sentiu muito medo durante a operação porque os terroristas do Hamas haviam lhe dito várias vezes que “Israel queria matar todos eles” porque “eles eram um problema para Israel”.

“Disseram a ele que Israel queria matá-lo. Ele não entendeu por que as FDI vieram. Ele estava com medo de que as FDI viessem matá-lo. Demorou algum tempo para ele perceber que elas vieram resgatá-lo”, relatou Mikhail.

Além dessa tortura psicológica, Andrei Kozlov foi vítima de tortura física, informou o pai. “Ele era punido por qualquer comportamento que considerassem errado”, disse. “Um dos exemplos que Andrei nos deu foi que, nos horários mais quentes do dia, eles o cobriam com cobertores. É uma situação muito difícil, ficar desidratado durante o calor.”

Um irmão de Andrei, Dmitri, explicou que o Hamas tentava “não deixar marcas físicas” e descreveu outro tipo de tortura psicológica. “Disseram a ele para não falar em hebraico, ele precisava sussurrar e [mesmo assim] em inglês”, afirmou.

Reféns do Hamas resgatados ou libertados anteriormente já haviam relatado agressões e situações degradantes que sofreram nas mãos do grupo terrorista, como ficar sem tomar banho durante 50 dias e até violência sexual.

As autoridades de Gaza, controlada pelo Hamas, relataram que 274 palestinos foram mortos no resgate de sábado. Entretanto, o governo de Israel alegou que menos de cem morreram e que houve uma intensa troca de tiros durante a operação. Um militar das forças especiais israelenses foi morto.

Fonte: gazetadopovo

Anteriores Alvo de operação por furto de armas reage e morre em confronto com a Polícia Civil
Próxima Ibovespa titubeia com desconforto fiscal