“A liderança atual do Vietnã está demonstrando um desejo de retomar a indústria de energia nuclear em geral. E quando essa decisão for tomada, as negociações serão automaticamente realizadas”, disse Likhachev.
O presidente da empresa russa afirmou que entre 2016 e 2018 o Vietnã decidiu “não utilizar energia nuclear no balanço energético”, embora as tecnologias nucleares tenham permanecido e a cooperação com a Rússia tenha seguido, com o projeto do centro de tecnologia nuclear.
“Tínhamos um alto grau de prontidão para o projeto Ninh Thuan-1, o mesmo projeto que agora estamos implementando em países vizinhos, incluindo China e Bangladesh. Mas a decisão foi tomada ao nível dos principais órgãos governamentais, de não desenvolver a energia nuclear. Por isso esse projeto foi interrompido, assim como todas as negociações”, disse Likhachev.
Para a usina Ninh Thuan-1, a Rosatom uma vez propôs um projeto baseado em unidades de alta potência com reatores avançados russos VVER-1200. Agora, a empresa oferece a seus parceiros estrangeiros usinas nucleares não apenas de grande porte, mas também de baixa potência, tanto em versões terrestres quanto flutuantes.
Usinas nucleares flutuantes
No fim de março, a Rosatom apresentou uma série de novas usinas nucleares flutuantes durante o Fórum Internacional Atomexpo, que aconteceu em Sirius, no sudoeste da Rússia. A Rosatom passou a oferecer ao mercado mundial a usina PEB-100 com dois reatores RITM-200M e capacidade total de 100 megawatts. Os PEB-100 foram projetados para uma vida útil de 60 anos.
As usinas nucleares flutuantes constituem uma das principais linhas de trabalho da Rosatom no campo da energia nuclear de baixa potência. Em 2019, a Rosatom construiu a primeira usina nuclear flutuante do mundo, denominada Akademik Lomonosov, que atualmente fornece eletricidade à cidade russa de Pevek, localizada no Círculo Polar Ártico. A empresa iniciou a construção de uma segunda unidade em agosto de 2022 e tem mais três em andamento.
O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, descreveu como muito importante o papel da empresa russa Rosatom em vários projetos.
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Fonte: sputniknewsbrasil