Cuba quer 10 anos de prisão para jovem que criticou o regime comunista na internet


A promotoria de Cuba solicitou em abril uma pena de dez anos de prisão para uma jovem influenciadora de 22 anos chamada Sulmira Martínez, que está detida no país desde o ano passado. Segundo informações de portais independentes, Martínez está sendo acusada pelas autoridades de cometer “crimes contra a ordem constitucional”.

Seu principal crime: utilizar suas redes sociais para criticar o regime comunista da ilha liderado por Miguel Díaz-Canel.

As acusações enfrentadas por Martínez são típicas de ditadura. No documento oficial da promotoria, ao qual a Agência EFE teve acesso esta semana, a jovem é acusada de “manter contato com dissidentes políticos” e “publicar comentários críticos ao governo cubano” na internet.

Ela também está respondendo por desacato e pela disseminação de “mensagens que incitam a resistência e criticam as ações do governo”.

A promotoria baseia seu processo em atividades de Martínez que foram detectadas pela Direção de Análise da Informação do Instituto de Informação e Comunicação Social (IICS) do regime cubano, que tem fiscalizado as ações dos indivíduos na restrita internet da ilha.

O departamento do IICS diz que a jovem criou perfis anônimos no Facebook e disparava neles mensagens como “com a ditadura não se dialoga. Golpeie, esmague-os, como eles fazem com você” e “é hora de nos levantarmos contra aqueles que fazem nossos filhos passarem fome”.

O IICS também disse que a jovem se referiu “de maneira desrespeitosa” ao citar o nome do ditador Díaz-Canel “em três ocasiões”.

Martínez também é acusada de tentar organizar uma grande manifestação contra o regime cubano, embora tal ato não tenha sido posto em prática.

A promotoria, que solicitou a sentença de dez anos, disse que a jovem também “seguia pessoas com ideias contrárias a ordem política, econômica e social que estão estabelecidas na Constituição de Cuba”.

No ano passado, quando Martínez foi presa, a organização de direitos humanos Ni Um Preso Político a Mais em Cuba disse em seu perfil no X (antigo Twitter) que ela havia sido interrogada por dois meses pelas autoridades cubanas apenas por motivos políticos e que tinha sido pressionada a assumir nos canais oficiais do regime sua “culpa” por criticar o regime comunista.

“Sulmira Martínez, de 21 anos, interrogada durante 60 dias por motivos políticos, apareceu na TV nacional admitindo o “crime” de publicar nas redes sociais. Não esqueçamos que ela foi submetida a pressão extrema e sem defesa. Sulmira é mais uma vítima de violações aos direitos humanos em Cuba.”

window.twttr = (function(d, s, id) {
var js, fjs = d.getElementsByTagName(s)[0],
t = window.twttr || {};
if (d.getElementById(id)) return t;
js = d.createElement(s);
js.id = id;
js.src = “https://platform.twitter.com/widgets.js”;
fjs.parentNode.insertBefore(js, fjs);

t._e = [];
t.ready = function(f) {
t._e.push(f);
};

return t;
}(document, “script”, “twitter-wjs”));

Fonte: gazetadopovo

Anteriores TCE, Governo e AMM se unem para garantir creches; déficit pode superar 30 mil vagas
Próxima Ferrovia de MT é responsável por 62,1% do saldo de empregos em infraestrutura no estado no 1º tri de 2024