PF instaura inquérito para investigar leilão anulado que resultou na demissão de Neri Geller


Conteúdo/ODOC – A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar possíveis irregularidades no leilão do arroz, que foi cancelado após ser constatadas irregularidades no certame. A investigação ocorre a pedido da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A Controladoria-Geral da União (CGU) também deve fazer uma análise em todo o processo do leilão a fim de identificar se foi cometida alguma irregularidade. Assim como a Corregedoria Geral da Conab vai instaurar processo de averiguação. “Estas medidas têm como objetivo garantir toda a transparência neste processo, bem como prestar contas e dar a tranquilidade que a sociedade brasileira merece”, diz trecho da nota divulgada pela Conab.

Na semana passada, visando conter uma eventual alta de preços ou desabastecimento do item, o governo federal promoveu a compra de 263 mil quilos do alimento em um leilão promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No entanto, veio a público que no leilão teve os lotes arrematados por empresas sem experiência no mercado de arroz. A principal compradora dos lotes de arroz é uma empresa com sede em Macapá, no Amapá, que trabalha no mercado de leite e laticínios.

Diante da crise envolvendo o leilão, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller foi exonerado do cargo. Geller deixa o Ministério sob uma suspeita de conflito de interesses no processo de aquisição de arroz.

Isto porque, o diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, é uma indicação de Geller. Além disso, a Foco Corretora de Grãos, uma das principais corretoras do leilão, é do empresário Robson Almeida de França, que foi assessor parlamentar na Câmara e é sócio de Marcello Geller, filho do secretário.

Neri Geller, que nega ter pedido demissão, disse que o leilão foi um “equívoco” do governo. Ele acusa o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Agricultura Carlos Fávaro de serem os responsáveis.

Fonte: odocumento

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