MPRJ Denuncia Deputada Lucinha por Suposto Vínculo com Milícia e pede Novo Afastamento


O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou a Deputada Estadual Lucinha e sua ex-assessora parlamentar, Ariane Afonso Lima, por suposto envolvimento com uma milícia na cidade. A acusação aponta que ambas faziam parte do núcleo político da organização criminosa liderada por Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, preso no final de 2023. 

Segundo as investigações, Lucinha teria utilizado sua posição política para favorecer interesses da milícia, interferindo junto a autoridades policiais e políticas. A denúncia menciona episódios nos quais as acusadas teriam tentado proteger membros da organização criminosa de ações policiais e garantir impunidade aos seus integrantes.

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O Procurador-Geral de Justiça, Luciano Mattos, assinou a denúncia, que recebeu o apoio da Assessoria de Atribuição Originária Criminal (AAOCRIM/MPRJ). Documentos e mensagens obtidas durante as investigações revelam que Lucinha e Ariane forneceram informações privilegiadas aos milicianos, incluindo detalhes sobre a agenda de visitas do prefeito do Rio, Eduardo Paes, à Zona Oeste, permitindo que a milícia ajustasse suas operações.

Mensagens trocadas entre Lucinha e Domício Barbosa, conhecido como Dom, figura importante na estrutura da milícia, sugerem que a deputada teria defendido os interesses do grupo criminoso. Entre os pontos destacados na denúncia está a suposta intervenção de Lucinha para manter o sistema de transporte público local em áreas dominadas pela milícia, favorecendo assim uma das principais fontes de renda da organização criminosa.

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Além dos encontros com Zinho e outros líderes milicianos entre junho de 2021 e março de 2022, a denúncia também menciona a contratação de parentes de milicianos condenados para cargos em gabinetes e instâncias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Lucinha e Ariane foram denunciadas por formação de milícia privada, crime que prevê pena de 5 a 10 anos de prisão, além de multa, e a perda da função pública, se condenadas.

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O caso agora segue para tramitação judicial, enquanto o público aguarda desenvolvimentos sobre o desdobramento desta grave acusação que abala o cenário político do estado.

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Fonte: gazetabrasil

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