A Mercedes encara o GP da Espanha de Fórmula 1, como um teste severo para validar o progresso recente com o carro de 2024. O início lento da equipe na temporada parece ter ficado para trás no Canadá, onde a Mercedes surgiu como a equipe mais competitiva em pista seca, conquistando a pole position com George Russell, que se tornou P3 no final da corrida, seguido do P4 de Lewis Hamilton.
Depois do GP do Canadá, a Mercedes reforçou a ideia de estar de volta ao caminho certo, com a introdução de uma nova asa dianteira em Mônaco que parece ter resolvido os problemas iniciais de equilíbrio do carro. No entanto, o diretor técnico da Mercedes, James Allison, adota cautela ao avaliar os avanços da equipe até que as atualizações sejam testadas em um circuito mais convencional.
Allison acredita que a variedade de curvas de alta, média e baixa velocidade em Barcelona, será um importante termômetro para determinar se a Mercedes é agora uma força consistente na briga pela frente do grid.
“Eu acho que ampliamos substancialmente a capacidade de funcionamento do carro”, disse Allison. “Ainda há muito o que fazer, e teremos certeza disso quando formos para a próxima pista, que é Barcelona. O circuito espanhol apresenta uma gama muito ampla de tipos de curva. Além disso, é uma pista bem mais quente, o que será um teste severo para o carro.”
Outro ponto crucial destacado por Allison, é a importância dos pilotos colocarem os pneus na janela ideal de funcionamento. “Os pilotos têm um trabalho muito difícil para fazer em uma volta de saída dos boxes”, disse ele. “Não podemos aquecer os pneus acima de 70 graus nas garagens, mas os próprios pneus precisam estar mais quentes para obter o melhor deles. Os pilotos precisam equilibrar a volta de saída para aquecer os pneus dianteiros e traseiros dentro da janela ideal, respeitando os tempos mínimos impostos pelo diretor de prova e evitando atrapalhar os carros atrás deles. É uma volta de saída muito, muito difícil para colocar os pneus na condição certa”, acrescentou.
“Não é preciso muito para que os pneus estejam um pouco frios ou quentes demais. E então eles entram nas primeiras curvas. Se o carro não estiver bem preparado, os pneus simplesmente deslizarão um pouco na pista, o que os superaquecerá e fará perder aderência. A diferença pode ser pequena, mas basta olhar para o grid de largada em Montreal. Lewis ficou a um piscar de olhos de George, que conquistou a pole, enquanto Lewis largou em sétimo. Colocar os pneus na janela ideal é crucial, e as diferenças entre você e seus concorrentes são mínimas. Qualquer pequeno erro é punido severamente”, completou Allison.
Fonte: f1mania