O GP do Canadá de Fórmula 1, apesar da emoção na pista, foi marcado por problemas de organização. A empresa promotora da corrida reconheceu as falhas e prometeu ‘ações sérias’ para melhorar a infraestrutura e o atendimento nas próximas edições.
Durante o fim de semana chuvoso, equipes enfrentaram infiltrações em suas estruturas de hospitalidade, além de vazamentos nos telhados. Fãs, imprensa e membros das equipes também sofreram com a falta de vagas para estacionamento, agravada por um alagamento em um local improvisado.
O ex-piloto e atual comentarista, Martin Brundle, criticou a organização em sua coluna na Sky Sports: “Desde 1984 venho ao GP do Canadá, e esse ano foi, sem dúvida, o menos agradável em termos de estrutura. A popularidade da F1 superou a capacidade do circuito, e a chuva transformando acessos em lama não ajudou. A polícia e a segurança pareciam cada vez mais agressivas e nada prestativas, foi um caos logístico.”
Stefano Domenicali, CEO da F1, chegou a pedir desculpas às equipes da categoria pelas más condições de trabalho. A promotora se manifestou em nota oficial: “Reconhecemos que o ocorrido com o estacionamento e a saída foi inaceitável. Pedimos sinceras desculpas pelo transtorno causado e implementamos medidas para o domingo, incluindo uma rota alternativa.”
“Também estamos cientes de que as tendas e cabines de imprensa com vazamentos não estão de acordo com o padrão que queremos manter. Haverá um acompanhamento sério com as empresas terceirizadas envolvidas”, conclui o comunicado.
Outros problemas ocorreram ao longo do final de semana. Alguns fãs ficaram de fora dos treinos livres por conta de um erro de comunicação. Além disso, minutos antes da largada, a visão de alguns espectadores foi obstruída por uma lona preta, mesmo com tempo bom anteriormente. A promotora culpou a Société de transport de Montréal pelo erro de informação.
Villeneuve foi um dos afetados, esperando na chuva por horas até ser liberado para entrar. A organização se explicou: “Comunicamos aos torcedores nas arquibancadas que a evacuação era necessária devido ao clima, mas pedimos que aqueles em estruturas permanentes permanecessem. Interrompemos temporariamente a entrada de fãs no circuito por questões de segurança, pois eles estavam mais seguros no metrô, em seus carros ou no cassino. Mais tarde, entendemos que a autoridade de transporte público tomou a decisão de anunciar um cancelamento sem o nosso conhecimento ou consentimento. Assim que a frente fria passou, e era seguro fazê-lo, permitimos que os fãs voltassem às arquibancadas e ao local.”
O GP do Canadá tem contrato com a F1 até 2031. Tanto a categoria quanto a promotora local esperam melhorias logísticas para as próximas edições.
Fonte: f1mania