Resolução redigida pelos EUA sobre cessar-fogo em Gaza deixa muitas dúvidas, aponta embaixador russo


Quatorze membros do conselho votaram a favor e a Rússia se absteve. A resolução repete a proposta de três estágios de Israel para um cessar-fogo em Gaza, que o presidente dos EUA Joe Biden tornou pública.

“Temos uma série de perguntas sobre a resolução redigida pelos norte-americanos, pela qual este conselho acolhe algum acordo, cujos contornos finais não são conhecidos por ninguém, talvez, exceto pelos mediadores”, disse Nebenzya durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre Palestina e Israel mais cedo.

Momento em que Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU), é a única a não aprovar a resolução de cessar-fogo na Faixa de Gaza, em 25 de março de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 10.06.2024

A primeira fase, de acordo com a resolução, inclui um cessar-fogo imediato completo, a retirada das tropas israelenses dos centros populacionais de Gaza, a libertação de reféns mantidos pelo Hamas e a troca de palestinos detidos.
A segunda fase envolve o fim das hostilidades em troca da libertação dos reféns restantes, bem como a retirada das tropas israelenses de Gaza. A terceira fase da iniciativa pede o lançamento de um “plano de reconstrução de vários anos” para Gaza.
A resolução rejeita qualquer tentativa de mudança demográfica ou territorial na Faixa de Gaza, incluindo qualquer ação que reduza o território do enclave. O movimento palestino Hamas acolheu a resolução. O Hamas enfatizou que está disposto a iniciar negociações para implementar os pontos mencionados na resolução.

Netanyahu enfrente crise interna

Em meio à crescente pressão internacional pelo fim dos bombardeios na Faixa de Gaza, o partido de Benny Gantz, membro do gabinete de guerra e aliado do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, apresentou na quinta-feira (30) um pedido para dissolver o parlamento do país.
Com isso, a sigla quer convocar eleições antecipadas, o que pode retirar Netanyahu do poder.
O premiê enfrenta uma onda de protestos em Israel e questionamentos da população sobre o fracasso nas negociações com o Hamas para o resgate dos reféns mantidos em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023.
As tensões na região se intensificaram em 7 de outubro de 2023, quando um ataque coordenado pelo Hamas a mais de 20 comunidades israelenses resultou em mais de 1,1 mil mortes e na captura de reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma declaração de guerra contra o Hamas e lançou uma série de bombardeios, que até agora deixaram mais de 37 mil palestinos mortos, a maioria crianças e mulheres, e mais de 84,4 mil feridos, conforme dados do Ministério da Saúde local.
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Também estamos nas redes sociais X (Twitter) e TikTok.

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Edifício de pedra de 4 mil anos é descoberto na Grécia e pode 'paralisar' novo aeroporto (FOTOS)
Próxima F1: “Nunca parecemos competitivos o suficiente” diz Sainz após GP do Canadá