“A Bolívia tem arroz suficiente, e o que está acontecendo é que esses fluxos irregulares de arroz em direção às fronteiras do Brasil e da Argentina estão gerando esse sentimento de escassez e aumento de preço”, explicou Grover Lacoa, vice-ministro do Comércio Interno da Bolívia, durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (10).
Desde o final de maio, o arroz na Bolívia registrou um aumento de 79% e 41% nas variedades “popular” e “carolino”, as mais consumidas no país.
A autoridade boliviana argumentou que o Brasil registrou a perda de 1,4 milhão de toneladas de arroz devido às enchentes no Rio Grande do Sul, razão pela qual o preço do produto subiu de R$ 4 para R$ 7.
A perda de safras no Brasil e a inflação na Argentina afetaram a oferta no território boliviano devido ao contrabando do produto para os países vizinhos.
“Essa situação fez com que muitos comerciantes sem escrúpulos contrabandeassem para esses países e gerassem um sentimento de escassez e penúria”, lamentou Lacoa.
Por outro lado, o vice-ministro destacou que a Argentina desvalorizou a sua moeda em quase 50%, tem uma inflação acumulada superior a 60% nos primeiros quatro meses do ano e, consequentemente, também registrou aumento no preço do arroz.
Lacoa garantiu que a Bolívia pretende produzir 855 mil toneladas de arroz em 2024, valor superior ao consumo interno do país.
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Fonte: sputniknewsbrasil