Uma operação especial está em curso na cidade de Canoas, no estado do Rio Grande do Sul, visando remover tambores que continham substâncias químicas das ruas, após uma inundação ter atingido a região.
Os moradores do bairro Fátima, em Canoas, foram surpreendidos pelos impactos adicionais causados pela enchente. Milhares de embalagens foram encontradas dentro das residências ou sobre os telhados, resultando de um efeito dominó desencadeado pelo rompimento de um dique, que inundou uma empresa de reciclagem e espalhou bombonas e tonéis pelas ruas. Estes recipientes são utilizados para armazenar produtos químicos por indústrias farmacêuticas, químicas, além de empresas processadoras de suco ou refrigerantes.
A força-tarefa, composta por militares, está realizando a árdua tarefa de recolher as embalagens, percorrendo as vias e transportando o material para caminhões.
Segundo a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM), ao menos 1,5 mil bombonas estão dispersas pelo bairro, algumas encontradas entre a vegetação e outras já em contato com a água.
Marcos Gerchman, analista ambiental da FEPAM, destaca que o objetivo é minimizar o contato das pessoas com as bombonas, evitando que as manipulem, o que poderia representar riscos à saúde.
Os militares estão utilizando equipamentos para medir a concentração de agentes químicos no ambiente. O cabo Vinícius Alves de Oliveira, fuzileiro naval blindado, assegura que não foram detectadas substâncias prejudiciais à saúde dos cidadãos que solicitaram assistência.
Amostras de outros locais também estão sendo analisadas em laboratório para verificar possíveis riscos à saúde. O major Carlos Eduardo Santos Bom Fim, assessor científico da operação, enfatiza que, devido à baixa concentração detectada, não há risco à saúde, e as medidas de proteção são adotadas principalmente para evitar o contato com água e lama.
Fonte: gazetabrasil