Deputados da Alep aprovam projeto que terceiriza gestão de escolas públicas no Paraná; texto vai à sanção


Na tarde desta terça-feira (04), o Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou, em segundo turno, por 38 votos a favor e 13 contra, o projeto de lei (PL) que terceiriza a gestão em 204 colégios estaduais, pouco mais de 10% da rede estadual de ensino público.

Após a aprovação em 2º turno, os deputados estaduais aprovaram a redação final e, com isso, o projeto foi encaminhado para sanção do governador Ratinho Junior (PSD).

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Antes da votação, deputados contrários e favoráveis ao modelo de terceirização discursaram. Enquanto parlamentares da base do governo falavam, manifestantes e vândalos contrários ao texto que ocupavam as galerias da Alep viraram as costas.

O projeto terceiriza a gestão de 204 colégios estaduais no Paraná a partir de 2025 e, de acordo com o governo estadual, será implantado nas instituições que aprovarem o modelo em consulta pública. O governo do PR garante que professores e pais dos alunos serão consultados sobre a proposta. Se a maioria reprovar a terceirização, ela não será implantada.

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O programa se chama “Parceiro da Escola”. De acordo com o governo estadual, a parte administrativa dos colégios “será feita por empresas com expertise em gestão educacional”, que deverão ter atuação comprovada na área.

O projeto de lei estaudal afirma que o modelo pode ser implantado em todas as instituições da rede estadual de ensino de educação básica, exceto nos seguintes tipos de escolas: de ilhas; de aldeias indígenas; de comunidades quilombolas; da Polícia Militar do Paraná; das unidades prisionais; que funcionem em prédios privados, cedidos ou alocados de instituições religiosas, salvo previsão no respectivo instrumento e que participem do Programa Cívico-Militar.

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O texto foi aceito com várias emendas, que foram consolidadas em uma subemenda substitutiva geral, contendo as seguintes alterações:

  • Especificação das 204 escolas estaduais que podem ter a gestão administrativa terceirizada (o projeto original abrangia 200 escolas);
  • Garantia de que os professores contratados pela empresa privada via Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) recebam os mesmos salários que os professores contratados por Processo Seletivo Simplificado (PSS);
  • Exigência de 5 anos de experiência, capacidade técnica e competência da empresa particular;
  • Especificação de que a empresa privada atuará exclusivamente nos setores administrativo e financeiro das escolas estaduais, mantendo na Secretaria de Estado de Educação (Seed) a autonomia absoluta na parte pedagógica;
  • Previsão de que o Governo do Paraná deverá divulgar anualmente os principais indicadores educacionais das 204 escolas estaduais que podem ter a gestão terceirizada, como índices de aprendizagem, frequência escolar, número de matrículas, taxa de abandono e evasão escolar;
  • Previsão de que a consulta pública sobre o modelo terceirizado será realizada, preferencialmente, de forma presencial nas 204 escolas estaduais.
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Fonte: gazetabrasil

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