A Toyota nunca escondeu que seguiria investindo em motores a combustão. E essa mensagem acaba de ficar mais clara. Nesta semana, a marca japonesa anunciou uma parceria com Subaru e Mazda para desenvolver novos motores mais compactos e, segundo a fabricante, de “alta eficiência”.
Entretanto, o anúncio não significa que a Toyota deixará de investir na descarbonização. Afinal, de acordo com o vice-presidente da empresa, Hiroki Nakajima, a aliança pretende criar conjuntos para expandir o potencial de oferecer modelos mais acessíveis. Por isso, vão investir em motores 1.5 e 2.0, ambos de quatro cilindros, para equipar conjuntos híbridos.
A Toyota, vale dizer, já alcançou 40% de eficiência térmica com seus atuais propulsores. Desta forma, a promessa é de que o nível seja ainda maior nessa “nova geração” de motores, que passará a equipar os modelos da marca por volta de 2027.
Além disso, esses motores serão compatíveis com combustíveis neutros em carbono, como o hidrogênio, por exemplo. Entretanto, também vão funcionar com outros combustíveis, como gasolina e diesel. Segundo disse Nakajima à Automotive News, os novos propulsores serão uma “solução potencialmente revolucionária”.
“Os motores ainda têm um papel a desempenhar como meio prático de alcançar a neutralidade carbônica. Então, vamos refinar a tecnologia do motor. Vamos começar esse projeto.”, comentou o presidente da Toyota, Akio Toyoda.
O motor 1.5 foi apresentado em duas versões, uma naturalmente aspirada e outra turboalimentada. A primeira versão promete ser até 10% mais compacta em relação ao atual conjunto 1.5 de três cilindros. O tamanho menor, desta forma, também deve influenciar no design dos carros, que poderão ter perfis de capô mais baixos e reduzir o arrasto aerodinâmico.
Os motores térmicos também terão um curso de pistão mais curto, o que implica diretamente em um torque menor. Este, por sua vez, será compensado com a adição de um motor elétrico. Afinal, estamos falando sobre um conjunto híbrido.
A expectativa da Toyota é que, além do alto desempenho, essas mudanças resultem em uma economia de combustível que pode chegar até 12% em sedãs, por exemplo. Já o motor 1.5 turbo, por sua vez, deve substituir os 2.5 aspirados disponíveis na gama atual, com a promessa de 30% a mais de eficiência.
Por fim, o motor 2.0 estará disponível apenas com opção turbo. Este será o mais potente da gama e virá para substituir o atual 2.4 turbo. De acordo com o anúncio, também será 10% menor e destinado para veículos mais pesados, como caminhões, por exemplo, bem como modelos esportivos.
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Fonte: direitonews