Após registrar sua 2ª maior cheia histórica há pouco mais de dois meses, o Rio Acre, em Rio Branco (AC), vive a situação inversa: o manancial atingiu a menor marca para maio em cinco anos, com apenas 2,52 metros no dia 30.
Essa situação, somada à estiagem no principal afluente do estado desde o início do mês, preocupa as autoridades e especialistas, que alertam para a possibilidade de uma seca severa em 2024, mais cedo e com maior intensidade do que o usual.
Em 6 de março deste ano, o Rio Acre vivenciou sua maior enchente desde 2015, quando atingiu 17,89 metros, afetando mais de 70 mil pessoas. No entanto, a rápida mudança no cenário hídrico levanta preocupações sobre os impactos das mudanças climáticas na região.
Fatores como a influência do El Niño, a baixa pluviosidade e as alterações no ciclo hidrológico causadas pelas emissões de gases do efeito estufa contribuem para a diminuição da vazão do rio. Em contraste com a inundação do início do ano, quando a precipitação total atingiu 438 milímetros, o baixo índice de chuvas nos últimos meses é um indicativo da escassez hídrica que pode se agravar nos próximos meses.
Especialistas alertam que a seca severa pode trazer diversos desafios para a população, como a escassez de água para consumo humano e irrigação, além de impactos na navegação, pesca e na geração de energia. As autoridades locais já se preparam para mitigar os efeitos da estiagem, mas a situação exige medidas conjuntas e de longo prazo para garantir a segurança hídrica da região.
Fonte: gazetabrasil