Cada fabricante tem um cronograma de eletrificação. Algumas estão em ritmo mais acelerado, com uma linha completa de elétricos. Outras, ainda parecem estar no início da caminhada. Nesse segundo grupo está a Jeep, que acaba de lançar o que considera “o primeiro carro elétrico global” da marca. É o Wagoneer S, um SUV gigante que começará a ser vendido na América do Norte, para, na sequência, chegar a outros mercados.
Mas o Wagoneer S não é o primeiro carro elétrico da Jeep. Desde o final de 2022, a marca comercializa na Europa o Avenger, um SUV menor que o Renegade que, na ocasião do lançamento, foi tratado pela própria fabricante como um “pioneiro” na mobilidade elétrica. O Avenger inclusive será produzido no Brasil para ser o sucessor do Renegade no Brasil.
A diferença é que provavelmente o alcance do Avenger será menor do que os 480 km do modelo maior, exatamente pelo porte compacto. Voltando ao Wagoneer S, o tamanho avantajado pode exatamente abrir as portas do SUV elétrico para mercados como China e Oriente Médio, além da própria América do Norte.
Usando a base STLA Large, o mais novo Jeep tem 4,89 metros de comprimento e 2,87 m de entre-eixos, porte semelhante ao de um BYD Tan. Na ficha técnica, também é possível fazer algumas comparações com o SUV chinês (que acaba de passar por um facelift).
O Wagoneer S é movido por dois motores elétricos, um em cada eixo. A potência combinada é de 600 cv e o torque chega a 85,4 kgfm. Como referência, o BYD Tan tem 517 cv e 71,4 kgfm. No desempenho, o SUV americano de 2,5 toneladas também supera o chinês, já que leva apenas 3,4 segundos para ir de 0 a 96 km/h. A medição do rival é de 4,9 s até os 100 km/h. Ainda que exista a pequena diferença de 4 km/h, normalmente essa marca é feita em um ou dois décimos de segundos, o que ainda mantém confortável a vantagem do Jeep.
Para alimentar os motores elétricos, o Wagoneer S usa uma respeitável bateria de 100 kWh, que garante alcance total de 480 km no padrão americano (EPA). A recarga varia de 52 horas (de 5% a 80% em uma tomada caseira de 110V) a apenas 23 minutos, considerando um aparelho rápido de corrente contínua (DC) e abastecimento de 20% a 80%.
Além de ser disruptivo por estrear a mobilidade elétrica nos Estados Unidos, o Wagoneer S também tem visual diferente do restante da linha. O estilo quadrado foi mantido, mas o perfil do SUV é mais alongado e baixo do que se espera de um veículo da marca (e desse porte).
Ainda assim, elementos tradicionais como a grade dianteira com as sete fendas foram mantidos. A diferença é que, em vez de suprir o motor de ar, agora elas servem como elemento estético e são iluminadas.
Faróis e lanternas de LED bastante afilados completam o conjunto. Inicialmente, a Jeep optou pela carroceria com detalhes escurecidos, como nas rodas de 20 polegadas pretas e nas molduras das caixas de roda e bordas das janelas.
No interior, há mais de 45 polegadas em telas. São quatro superfícies táteis, começando pelo quadro de instrumentos digital de 12,3 polegadas. A central multimídia, ao lado, tem a mesma medida. Mais à direita, o passageiro do banco da frente tem à disposição uma opção menor, de 10,25”. Por último, no console central, uma outra tela serve para ajustes gerais do veículo.
A lista de mordomias segue com um teto solar panorâmico, sistema de com McIntosh e bancos traseiros com aquecimento e ventilação. Por último, mas não menos importante, o Jeep Wagoneer S tem um cardápio vasto de assistências à condução. Há alertas de saída de faixa, tráfego cruzado e de colisão, frenagem automática de emergência, manutenção e centralização de faixa e detecção de pedestres.
Apesar de considerar o novo SUV como o primeiro elétrico global da marca, a Jeep não disse em quais outros mercados o Wagoneer S será vendido, nem se o Brasil está sendo considerado.
Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Autoesporte? É só clicar aqui para acessar a revista digital.
Fonte: direitonews