Mais uma vez, o futuro do GP de Mônaco de Fórmula 1 está em risco. Segundo a agência Bloomberg, a Liberty Media, dona da F1, exige um aumento significativo no valor pago pelos organizadores para renovar o contrato da corrida, que termina em 2025.
Atualmente, Mônaco paga a taxa de participação mais baixa entre os 24 GPs do calendário, cerca de US$ 20 milhões anuais. A Liberty Media argumenta que a região se beneficia economicamente de forma considerável com a presença da F1, justificando, portanto, um valor maior. A quantia exata exigida pela empresa americana não foi divulgada.
Procurados pela Bloomberg, tanto a F1 quanto o Automóvel Clube de Mônaco, responsável pela organização da corrida, se recusaram a comentar o assunto.
A posição da Liberty Media nas negociações é forte. Apesar do glamour e tradição do GP de Mônaco, considerado a ‘jóia da coroa’ do calendário, a corrida não está imune a ameaças. A falta de oportunidades de ultrapassagem torna a prova monótona para muitos fãs. Além disso, diversos países estão dispostos a sediar um GP, mesmo pagando taxas bem mais altas.
No último final de semana em Ímola, por exemplo, um ministro tailandês revelou conversas para a realização de uma corrida de rua em Bangkok.
Os organizadores do GP de Mônaco são conhecidos por seu conservadorismo. Priorizam manter a tradição da corrida ao máximo, mesmo com poucas alterações no formato do fim de semana. Até recentemente, Mônaco detinha privilégios em relação à transmissão televisiva. Ao contrário de outras etapas, a exibição ao vivo ficava a cargo da própria organização. Somente após longas discussões esse acordo chegou ao fim.
A Liberty Media parece disposta a fazer valer seu poderio comercial, colocando em xeque a presença de Mônaco no calendário da F1 a partir de 2026.
Fonte: f1mania