Principal país que possibilita a agressão russa contra a Ucrânia é a China, diz OTAN


O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, disse nesta segunda-feira (13) que a China é um pilar fundamental que permite a Rússia prosseguir com sua guerra contra a Ucrânia. Segundo o chefe da OTAN, o gigante comunista asiático fornece componentes críticos para as armas de Moscou e se destaca como o maior parceiro comercial do Kremlin.

“O principal
país que está fazendo o possível para que a Rússia leve a cabo sua guerra de
agressão contra a Ucrânia na Europa é a China. Eles estão entregando
componentes críticos para suas armas, microeletrônica, tecnologia avançada, que
estão possibilitando a Rússia construir mísseis, drones e diversas outras
coisas que são chave para sua guerra contra a Ucrânia”, afirmou
Stoltenberg em Bruxelas.

Além da China, o
secretário-geral da OTAN também mencionou que o Irã está fornecendo drones a
Moscou e que a Coreia do Norte oferece munição e armas ao Kremlin. Esses apoios
“são cruciais” para que a Rússia tenha capacidade de combater um vizinho dos aliados
europeus da OTAN.

Stoltenberg
enfatizou a interconexão entre a segurança da Europa e da Ásia, destacando que
a ideia de separar os dois continentes já não é mais viável.

“Precisamos
abordar os desafios de segurança que a China representa para nossa
segurança”, disse ele.

Stoltenberg alertou
sobre a presença da China em diversos setores, como o ciberespaço, a África e o
Ártico, além de tentativas de controlar infraestruturas críticas nos países membros
da OTAN. Ele ressaltou que a guerra na Ucrânia demonstra que a “segurança é um
assunto global, não apenas regional”.

Para Stoltenberg,
investir em defesa é essencial para enfrentar não apenas essa questão da segurança
global, mas também outros grandes desafios, como a pobreza e o progresso social
e econômico. Ele lembrou que, no final dos anos 1980, a maior parte dos aliados
europeus e o Canadá destinavam aproximadamente 3% do PIB à defesa, um número
maior do que o atual.

Por fim, o secretário-geral da OTAN destacou a importância de ajudar a Ucrânia a prevalecer no conflito atual e afirmou que aliança Ocidental terá um papel chave na reconstrução das instituições de segurança e defesa ucranianas, bem como na integração da Ucrânia como membro pleno da organização.

Fonte: gazetadopovo

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