Felipe Drugovich se tornou o novo campeão da F2 em Monza no último fim de semana. Após fechar um contrato para piloto de desenvolvimento com a Aston Martin, ele pede que a categoria de base da F1 retire uma regra que afeta a evolução de pilotos como ele e Oscar Piastri, campeão da F2 em 2021.
Três dos últimos quatro campeões da F2 não tiveram uma chance no grid da F1 na temporada seguinte. Desde George Russell em 2018, atual piloto da Mercedes, apenas ele e Mick Schumacher avançaram direto do título da F2 para uma vaga na categoria principal do automobilismo.
O campeão da F2 em 2019, Nyck De Vries, fez sua estreia na F1 apenas no último fim de semana, em Monza, como substituto de Alex Albon. Piastri, por exemplo, passou a maior parte de seu tempo como reserva da Alpine atrás de simuladores, pois não havia lugares disponíveis, e foi só este ano que ele assinou com a McLaren para se juntar oficialmente à F1 como titular em 2023.
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Sendo assim, não há garantias de que Drugovich consiga um assento. O brasileiro foi uma surpresa como campeão da F2 este ano – especialmente levando em conta que sua equipe, MP Motorsport, não é considerada uma “equipe de ponta”. Após seu título, e assinar com a Aston Martin, ele deve participar de um TL1 ainda este ano em alguma das seis etapas restantes da temporada.
Felipe acha injusto que os campões da F2 não tenham passe garantido para a F1 no ano seguinte, mas acha muito injusto não poder lutar pelo título da F2 por uma segunda vez. Diferentemente da F1, em que um piloto pode disputar quantos campeonatos quiser, mesmo que o ganhe, na F2 um piloto que ganha o campeonato é obrigado a sair da categoria, não podendo ser um “bicampeão de F2”, por exemplo.
“Acho que, na minha opinião, ou você é campeão e não pode ficar mais, mas é promovido direto para a F1, ou deveria poder ficar.
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“Acho que é assim que funciona na Moto2 e Moto3. Acho que, antes de tudo, o que precisa mudar é que quem vencer o campeonato precisa entrar na F1.”
O brasileiro venceu a F2 este ano, seu terceiro na categoria, e insiste que ainda está mirando na F1 – ainda que um lugar além de desenvolvimento na Aston Martin seja difícil considerando que os pilotos titulares para 2023 (e mais) são Fernando Alonso e Lance Stroll, filho do dono da equipe.
“Tivemos alguns contatos na Indycar, mas como eu disse muitas vezes, não é meu objetivo principal por enquanto, estamos tentando entrar na F1.
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“Mas, como eu disse, se eu precisar correr em outra categoria além da F1 no próximo ano, com certeza é uma categoria a ser considerada.”
Não é tão simples para um piloto entrar direto na F1, mesmo após títulos em categorias de base e ter uma superlicença, pois as equipes de F1 tem total liberdade para escolher quem acharem que se adequa melhor à vaga. Em teoria seria o certo a se fazer, já que parece injusto que pilotos da F2 como Yuki Tsunoda, Guanyu Zhou, Nicholas Latifi, Lando Norris, entre outros, que não venceram o campeonato entrem, mas o campeão não tenha uma chance.
Mas ao menos que as regras mudem, e obriguem as equipes de F1 a colocarem o campeão em uma vaga, é improvável que simplesmente passe a acontecer por espontânea vontade. É um grande erro no sistema, que é até chamado de “categoria de acesso” à F1, mas não possui nenhuma garantia. E como Drugovich disse, é esperado que isso seja arrumado o quanto antes, mesmo que seja permitindo que os campeões disputem um novo título na F2.
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