China condena passagem de navio militar dos EUA pelo Estreito de Taiwan


O Exército da China condenou a passagem do contratorpedeiro americano USS Halsey pelo Estreito de Taiwan nesta quarta-feira (8), a menos de duas semanas da posse do presidente eleito e atual vice-presidente da ilha, William Lai (Lai Ching-te).

“O (contratorpedeiro da classe) Arleigh Burke USS Halsey navegou pelas águas do Estreito de Taiwan em 8 de maio, buscando notoriedade”, disse o porta-voz militar Li Xi em um comunicado divulgado na conta oficial do Teatro de Operações do Leste do Exército Chinês na rede social Weibo.

De acordo com Li, o Teatro de Operações do Leste organizou “tropas para seguir e monitorar todos os movimentos” do navio, que foi afugentado “de acordo com a lei”.

“As forças do Teatro do Leste estão sempre em alerta máximo, prontas para defender a soberania nacional, a segurança e a paz e estabilidade regionais”, acrescentou o porta-voz.

O USS Halsey navegou por um corredor fora das águas territoriais de qualquer país e onde a lei internacional “permite a liberdade de navegação e sobrevoo”, alegou em comunicado a Sétima Frota da Marinha dos EUA, segundo a qual a manobra “demonstra o compromisso dos Estados Unidos em defender a liberdade de navegação para todas as nações como um princípio”.

“Nenhum membro da comunidade internacional deve ser intimidado ou coagido a abrir mão de seus direitos e liberdades”, diz ainda a nota.

Desde a eleição presidencial de 13 de janeiro, na qual Lai – visto como um “pró-independência” aos olhos de Pequim – venceu com 40% dos votos, a China intensificou sua pressão sobre Taiwan com várias medidas, incluindo o aumento das patrulhas da Guarda Costeira em torno das ilhas Kinmen e a modificação de várias rotas aéreas entre os dois lados do Estreito.

Taiwan – para onde o exército nacionalista chinês Kuomintang se retirou após ser derrotado pelas tropas comunistas na guerra civil chinesa – tem sido governada de forma autônoma desde 1949, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha, considerando-a uma província rebelde para cuja “reunificação” não descartou o uso da força.

A ilha é uma das principais fontes de conflito entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria seu maior aliado militar no caso de um conflito bélico com o gigante asiático. (Com Agência EFE)

Fonte: gazetadopovo

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