Seguro do carro cobre enchente? Veja como descobrir


As inundações no Rio Grande do Sul afetam em torno de 1,4 milhão de pessoas. Segundo o governo estadual, 417 municípios foram atingidos pelo evento climático que deixou centenas de milhares desabrigados desde a última semana. Há também o dano patrimonial, que corresponde principalmente a casas e automóveis.

Mas, em uma catástrofe climática desta magnitude, o seguro auto cobre danos nos carros atingidos pelas enchentes? Autoesporte traz as respostas abaixo:

Não necessariamente. Com a alta nos preços dos seguros, muitas empresas oferecem pacotes personalizados. Assim, na medida em que o motorista adiciona uma cobertura, o preço do prêmio aumenta. Algumas apólices cobrem apenas roubos, furtos, danos a terceiros e despesas médicas e hospitalares, por exemplo.

Portanto, para saber se o seu carro está coberto, será necessário consultar a apólice para constatar se o plano contratado presta assistência contra eventos climáticos. Em muitos casos, essa cobertura é oferecida já no plano mais básico. Na Youse, por exemplo, ao contratar o seguro para roubos e furtos, o cliente também estará coberto automaticamente em caso de desastres naturais.

Além de enchentes e alagamentos, a cobertura contra desastres naturais também inclui ventos fortes, chuva de granizo, queda de objetos, deslizamentos de terra, incêndios e raios. Para acionar a seguradora em caso de danos naturais, basta acessar o site da mesma ou entrar em contato pelos canais de atendimento. Além disso, quase todas têm aplicativos que costumam facilitar a solicitação dos serviços.

Quando a situação envolve catástrofes naturais, como no Rio Grande do Sul, a maioria das seguradoras arca com todos os danos. Entretanto, o serviço costuma demorar mais em decorrência da situação de calamidade. O mesmo atraso aconteceu no ano passado, quando deslizamentos de terra atingiram o Litoral Norte de São Paulo, conforme Autoesporte repercutiu à época.

As seguradoras também cobrem enchentes urbanas que podem acontecer de uma hora para outra nas grandes cidades. Mas, neste caso, as empresas farão uma pesquisa para determinar se o segurado se submeteu ao risco ou se o desastre natural atingiu o carro do cliente. Por isso, se o veículo estiver em uma região segura, mas o motorista se aventurar a enfrentar a enchente, a seguradora terá validade jurídica para negar a indenização.

Outro cenário em que não há cobertura no dano por água salgada — ou seja, aquele ocasionado pelo aumento do nível do mar ou por ondas que atingem o veículo estacionado na areia, próximo da maré. Neste caso, a seguradora entende que o proprietário se colocou em situação de risco ao aproximar o veículo da água.

As seguradoras costumam pagar indenização integral (ou seja, 100% da Tabela Fipe) se o prejuízo do carro ultrapassar 75% de seu valor na hora de repará-lo. No jargão popular, significa que o veículo “deu PT” (perda total).

Em caso de avarias menores, os custos do reparo serão divididos. O motorista pagará a franquia e a seguradora arcará com o resto da manutenção. A franquia, vale lembrar, é um valor máximo de contribuição que o segurado deverá pagar pelo sinistro.

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Fonte: direitonews

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