Uma outra marca chinesa se prepara para entrar no Brasil. É a Leapmotor, que registrou no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) o SUV C10. Autoesporte tenta contato com representantes da empresa para confirmar mais informações sobre a chegada.
Enquanto a resposta não chega, adiantamos algumas coisas sobre a marca e o veículo. A Leapmotor é uma empresa jovem, fundada na China em 2015. Assim como a Neta, que também prepara a chegada ao Brasil, é considerada uma startup. Ela tem as ações listadas na bolsa de valores de Hong Kong e em 2023 vendeu pouco menos de 150 mil veículos.
Atualmente, a linha é modesta, composta por quatro modelos, começando pelo C10, primeiro carro global da marca e justamente o escolhido para ser registrado no Brasil.
Estamos falando de um SUV de porte grande, com 4,74 metros de comprimento — tamanho semelhante ao de um Jeep Commander —, 2,83 m de entre-eixos e 1,90 m de largura.
Na China, entre configurações elétrica e elétrica de autonomia estendida são três versões. Todas são equipadas com um motor de 231 cv de potência 32,6 kgfm. O que muda é o tamanho da bateria, que pode ser de 52,9 kWh para uma alcance de 410 km no ciclo chinês ou 69,9 kWh, nesse caso com alcance de 530 km.
Por fim, a opção de autonomia estendida ainda traz um motor 1.5 aspirado de 95 cv que atua como gerador. Nesse caso, a bateria menor, de 28,4 kWh garante 210 km no modo elétrico, mas alcance total de até 1.190 km.
No interior, o C10 tem soluções interessantes, como bancos dianteiros que podem ser rebatidos para formar uma superfície quase plana. A central multimídia tem tela de 14,6 polegadas e, como em alguns outros carros chineses, os botões foram praticamente abolidos. Por fim, há teto solar panorâmico e acabamento que parece ser de qualidade superior.
Um lastro importante que pode ajudar a Leapmotor a alcançar mercados fora da China (como o Brasil) é o fato de a empresa ser parceira da Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep e Peugeot. Em outubro de 2023, o conglomerado líder de vendas na América do Sul anunciou que iria investir 1,5 bilhão de euros para comprar 20% das operações da companhia chinesa, considerada uma das mais promissoras em veículos eletrificados.
Com o aporte, foi criada uma nova empresa, a Leapmotor Internacional, liderada pela Stellantis. Essa, por sua vez, tem direitos para a exportação, venda e fabricação de produtos da Leapmotor fora da China.
Mais do que a participação nas operações fora da China, a Stellantis também terá acesso à plataforma Leap 3.0, a mesma do C10, para seus produtos.
A Leapmotor também tem outros três modelos. O mais barato deles é o T03, que a própria Stellantis cogita produzir e vender na Europa como um modelo de entrada. Estamos falando de um subcompacto de 3,62 metros de comprimento e 2,40 m de entre-eixos, mesmo porte de um Renault Kwid, vendido na Europa como Dacia Spring.
Mas o T03 é um produto de melhor qualidade. Começando pelo interior, que tem quadro de instrumentos digital de 8 polegadas e central multimídia de 10,1″. Entre os equipamentos, há alerta de mudança de faixa e frenagem de emergência. Com motor elétrico de 95 cv, o T03 tem até 280 km de autonomia no ciclo europeu.
C01 e C11 já podem ser considerados produtos de luxo, ambos com inclusive com opções elétrica e com extensão de alcance.
O primeiro é um sedã executivo de 5,05 m que pode oferecer até banco traseiro com ajustes elétricos de inclinação. Já o C11 é um SUV de medidas similares às do C10. São 4,75 m de comprimento e 2,93 m de entre-eixos. No interior da dupla, uma cabine de luxo com três telas para quem viaja na frente: duas de 10,25 polegadas e uma central multimídia de 12″.
Eles também combinam uma série opções de baterias e motores, com potência variando de 272 cv a 544 cv e baterias que vão de 62,8 kWh a 90 kWh. Assim, a autonomia também vai de 216 km a 717 km, no sempre generoso padrão chinês.
As versões com autonomia estendida combinam um motor 1.5 a gasolina de 95 cv com um elétrico de 272 cv, proporcionando autonomia máxima superior a 1.100 km. Nesse caso, a bateria é menor, de 43,7 kWh.
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Fonte: direitonews