O Tribunal de Justiça determinou a conversão da prisão de Érika de Souza Vieira Nunes para preventiva, após ela acompanhar seu tio, Paulo Roberto Braga, de 68 anos, a um banco para solicitar um empréstimo de R$ 17 mil. Segundo a Polícia Civil, o idoso já estava falecido.
De acordo com o laudo cadavérico do Instituto Médico Legal (IML), o estado físico dele era descrito como “caquético”, indicando fraqueza e debilidade. A suspeita inicial da causa da morte era asfixia por ingestão de alimento, resultando em broncoaspiração.
No dia anterior ao óbito, Paulo havia recebido alta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bangu, onde estava internado por uma semana devido a pneumonia. O prontuário médico indica que ele chegou à unidade com dificuldades motoras e de fala, além de pressão arterial baixa. Durante a internação, o idoso necessitou de suporte respiratório.
Na evolução do idoso, feita no domingo, há o registro de que ele havia “apresentado engasgos, mantendo alimentos na cavidade oral”. Além disso, Paulo estava “desorientado, pouco responsivo e com pouca interação com o examinador”.
O registro de engasgos é recorrente em todo prontuário desde o dia 8, quando o idoso chegou na UPA.
Segundo o relatório de necropsia, Paulo Roberto faleceu entre 11h30 e 14h30 da terça-feira, com o óbito sendo confirmado pelo Samu às 15h.
Nesse mesmo dia, Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, levou o idoso a uma agência bancária para solicitar um empréstimo de R$ 17 mil, onde aparentemente ele já estava sem vida.
O perito responsável pelo laudo não pode afirmar com segurança, do ponto de vista técnico e científico, se Paulo Roberto Braga morreu durante o trajeto para o banco, dentro da agência, ou se foi levado já falecido até lá.
O documento também revela que Paulo Roberto estava previamente doente e necessitava de cuidados especiais.
Érika se identificou à polícia como cuidadora do idoso, e afirmou ser prima ou sobrinha por consideração dele.
Érika de Souza Vieira Nunes chegou ao banco com Paulo Roberto Braga, de 68 anos, em uma cadeira de rodas. Os funcionários ficaram suspeitos ao perceber que o homem não respondia, então chamaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que confirmou o óbito às 15h20.
Fonte: gazetabrasil