Na edição deste mês de abril, a equipe da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, convida você a conhecer um pouco mais sobre o mercado nacional de mirtilo.
A fruta ainda não é tão popular no Brasil e, atualmente, atende a um nicho de pessoas de alta renda. Apesar disso, em três anos, dados mostram que o comércio de mirtilo cresceu muito no País. E, considerando-se o elevado preço de venda, a oferta restrita e a alta necessidade de importação, o mirtilo tem despertado a atenção de muitos fruticultores brasileiros.
Os principais produtores de mirtilo no Brasil são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais – estados de clima mais ameno e inverno típico –, segundo a Emater. No entanto, já se nota expansão da cultura para regiões mais quentes, como o Vale do São Francisco (BA/PE), onde produtores buscam variedades adaptadas.
São Paulo é o principal polo consumidor de mirtilo, e o estado tem expandido a produção da fruta, mas o volume colhido é insuficiente para atender à demanda paulista. Assim, a fruta também vem de outros estados e países. Dados de 2023 da Ceagesp indicam que boa parte do mirtilo comercializado na central atacadista de São Paulo (52%) é produção do próprio estado, 46% são importados, e o restante vem principalmente do Sul do País. Aqui ressalta-se que, em 2019, pouco mais de 60% do mirtilo negociado na Ceagesp era importado, o que evidencia que a produção nacional, sobretudo a paulista, vem ganhando espaço em grandes centros consumidores.
Quanto aos fornecedores da fruta ao Brasil, o líder é o Chile, sendo responsável por 66% do volume adquirido pelo País, seguido pelo Peru, com 14%; Uruguai, com 9%; Argentina, com 6%; Estados Unidos, com 4%; e Espanha, com 1%.
Você também encontra nesta edição:
ALFACE – Clima desafia produtores paulistas
BATATA – Maior oferta mantém pressão sobre cotações em março
CEBOLA – Oferta nacional continua restrita; importações seguem firmes
TOMATE – Preço segue em alta; safra de verão se desacelera
CENOURA – Oferta continua restrita em março; qualidade segue baixa
CITROS – Clima quente eleva demanda e impulsiona preços dos cítricos
MELANCIA – Menor oferta na BA eleva preços
MELÃO – Menor oferta eleva preços para níveis acima dos de um ano atrás
UVA – Diferença de preços entre brancas e negras sem semente cresce no Vale
MANGA – Mesmo com baixa oferta, preço da tommy cai
MAÇÃ – Colheita de gala termina e a da fuji começa
BANANA – Oferta de nanica tem leve alta, mas a de prata segue baixa
MAMÃO – Preços disparam em março
Fonte: noticiasagricolas