Índice CEAGESP variou 5,61% em março


O índice de preços CEAGESP encerrou o mês de março com variação de 5,61% ante uma variação de 0,28% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o índice apresentou variação de 5,33%. Com o resultado obtido, o índice encerrou o período apresentando um acumulado de 5,58% no ano e 18,09% em 12 meses.       

O destaque ficou com o setor de Verduras, que encerrou o período apresentando deflação mensal e em 12 meses. Após intensos períodos de instabilidade devido aos fenômenos climáticos extremos, os preços no setor começam a arrefecer. Mantendo-se as boas condições climáticas nos períodos de plantio e colheita, a tendência para os próximos meses é a de os preços no setor continuarem em queda.

Setorização

O setor de FRUTAS variou 7,11% ante uma variação de -0,31% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 3,54%. Dos 48 itens cotados nesta cesta de produtos, 58,33% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de MAMÃO FORMOSA (+31,08%), MAMÃO HAVAÍ (+28,66%), LARANJA PERA (+16,60%), MELÃO AMARELO (+16,52%) e LIMÃO TAITI (+16,23%). As principais reduções ocorreram nos preços de PERA D’ANJOU IMPORTADA (-16,34%), LIMÃO SICILIANO (-14,54%), ABACAXI PÉROLA (-13,70%), UVA VITÓRIA (-7,57%) e MAÇÃ FUJI (-6,03%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Frutas encerrou o mês com um acumulado de 1,62% no ano e de 19,52% em 12 meses.

A forte aceleração registrada neste setor foi puxada principalmente pelas altas de preços dos mamões e dos citros. As intensas chuvas ocorridas nas principais regiões produtoras de mamão dificultaram a colheita do produto, o que acabou gerando retração na oferta e, consequentemente, a alta nos preços.

O avanço do greening sobre os pomares paulistas tem pressionado as cotações da laranja pera para cima. Alguns produtores de São Paulo estão migrando para outras regiões e, no curto prazo, a tendência é que o produto se mantenha valorizado no mercado atacadista. Outro fator importante para a valorização dessa fruta são as compras que a indústria tem realizado no mercado nacional devido à redução de oferta oriunda dos Estados Unidos para este item.

O setor de LEGUMES variou 6,92% ante uma variação de 2,49% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 8,13%. Dos 32 itens cotados nesta cesta de produtos, 53,12% apresentaram redução de preço. As principais altas ocorreram nos preços de PIMENTÃO AMARELO (+97,90%), PIMENTÃO VERMELHO (+91,04%), ABOBRINHA ITALIANA (+50,21%), VAGEM MACARRÃO (+29,15%) e PEPINO COMUM (+26,67%). As principais reduções ocorreram nos preços de CHUCHU (-46,49%), QUIABO (-18,77%), MAXIXE (-15,20%), BERINJELA JAPONESA (-13,97%) e TOMATE CAQUI (-13,31%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Legumes encerrou o mês com um acumulado de 14,03% no ano e de 21,95% em 12 meses.

Devido à redução no volume de oferta principalmente da vagem macarrão (-6,2%) e do jiló (-2,4%) e em concomitância ao impacto da demanda nos pimentões, que têm o consumo aumentado na Semana Santa, houve aumento de preços no período. Por outro lado, o bom volume de oferta do chuchu (+41,8%), maxixe (+33,6%) e do tomate caqui (+33,3%) resultou na redução média de preço desses produtos mantendo, no período, o índice do setor em torno de 7%.

O setor de VERDURAS variou -2,47% ante uma variação de 2,52% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 21,15%. Dos 39 itens cotados nesta cesta de produtos, 46,15% apresentaram redução de preço. As principais reduções ocorreram nos preços de COENTRO (-44,50%), ALFACE CRESPA (-28,15%), REPOLHO LISO (-17,35%), ALFACE LISA (-9,14%) e ESCAROLA (-8,95%). As principais altas ocorreram nos preços de SALSA (+56,20%), BRÓCOLIS RAMOSO (+31,68%), ESPINAFRE (+27,82%), RÚCULA HIDROPÔNICA (+20,15%) e MANJERICÃO (+17,55%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Verduras encerrou o mês com um acumulado de 3,96% no ano e de -9,15% em 12 meses.

Este setor registrou queda de preços no período e mesmo o impacto do aumento da demanda de verduras não foi suficiente para que fechasse o mês com variação positiva. Itens importantes, tais como alface, repolho e escarola, puxaram a redução de preços e a queda no setor só não foi mais acentuada devido à redução de oferta do brócolis ramoso (-35,9%), que culminou com sua alta de preço.

O setor de DIVERSOS variou 0,78% ante uma variação de -2,07% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de -5,61%. Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 63,63% apresentaram redução de preço. As principais altas ocorreram nos preços de ALHO NACIONAL (+15,10%), COCO SECO (+13,75%), CEBOLA NACIONAL (+9,38%), AMENDOIM COM PELE (+4,65%) e OVOS VERMELHOS (+3,31%). As principais reduções ocorreram nos preços de BATATA LAVADA (-16,55%), OVOS BRANCOS (-1,69%), BATATA ESCOVADA (-1,27%) e BATATA ASTERIX (-0,40%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Diversos encerrou o mês com um acumulado de 13,17% no ano e de 42,39% em 12 meses.

O setor vem sendo impactado pela sazonalidade de itens importantes que o compõem, como o alho e a cebola. No mês, os produtos tiveram uma redução na oferta da ordem de -3,5% para o alho nacional e -25,9% para cebola nacional. O impacto nos preços só não foi maior devido ao aporte de produtos importados para suprir a demanda do mercado nacional. Outro fator foi a redução nos preços das batatas, que estavam acima da média, o que ajudou a manter o índice do setor em patamares menores, encerrando o período abaixo de 1% de variação.

O setor de PESCADOS variou 3,95% ante uma variação de 0,25% no mês anterior. No mesmo período do ano passado, o setor apresentou variação de 8,89%. Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 35,71% apresentaram alta de preço. As principais altas ocorreram nos preços de PESCADA AMARELA (+29,72%), ANCHOVAS (+23,91%), PEROÁ BRANCO (+22,98%), CAÇÃO AZUL (+15,61%) e CORVINA ÁGUA SALGADA (+13,33%). As principais reduções ocorreram nos preços de CAVALINHA (-13,94%), ESPADA (-10,18%), CAMARÃO CATIVEIRO (-8,53%), PESCADA MARIA-MOLE (-6,09%) e PESCADA GOETE (-3,55%).

DESTAQUES: Com o resultado obtido no período, o setor de Pescados encerrou o mês com um acumulado de 10,52% no ano e de 0,77% em 12 meses.

O aumento da demanda por conta da Semana Santa e da Páscoa impulsionou a alta de preços no setor. A demanda por peixes frescos se manteve aquecida no mercado atacadista, principalmente na semana de 25 a 29/03. Com isso, itens que costumam ter maior procura nesta época do ano acabaram registrando elevações de preço.

Fonte: noticiasagricolas

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