Ontem (12), foi ventilado em vários portais que autoridades dos Estados Unidos e da Venezuela reuniram-se secretamente no México nesta semana, conforme noticiado.
Mais tarde, ainda na sexta-feira (12), Caracas confirmou a reunião ocorrida na terça-feira (9) e disse que as partes revisaram suas discussões sobre sanções e migração que aconteceram no ano passado em Doha, no Catar.
“Apontamos o fracasso da administração norte-americana em cumprir o calendário acordado para o levantamento das sanções”, afirmou Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e negociador-chefe do presidente Nicolás Maduro, em uma postagem no X (antigo Twitter).
Rodríguez também disse que o governo venezuelano foi “enfático” com as autoridades estadunidenses ao “rechaçar qualquer forma de ingerência nos assuntos da Venezuela”.
“Expressamos o consenso unânime da sociedade venezuelana em exigir o levantamento absoluto de todas as sanções contra a Venezuela que afetam nosso direito de uma vida plena e que agridem o direito internacional e a carta das Nações Unidas”, declarou Rodríguez sobre a reunião.
Os Estados Unidos tinham aliviado sanções petrolíferas ao país sul-americano em outubro, após uma reunião em Barbados, na qual o governo Maduro assinou um acordo com a oposição assumindo o compromisso de realizar eleições presidenciais livres.
Caracas argumenta que suspendeu o direito de concorrer da candidata de oposição Maria Corina Machado por ela fazer parte de um “complô de corrupção” gerado na gestão de Juan Guaidó, motivo pelo qual Machado já havia sido inabilitada em 2021. A ação fez Washington ameaçar o país dizendo que voltaria com as sanções.
Se as sanções forem restabelecidas, a Venezuela poderá perder um total de US$ 2 bilhões (R$ 10,2 bilhões) em receitas petrolíferas até ao final de 2024.
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Fonte: sputniknewsbrasil