Na semana passada, o vice-secretário de Estado, Kurt Campbell, disse que as novas capacidades submarinas aumentariam a paz e a estabilidade, inclusive no estreito que separa a China e Taiwan.
“Seus comentários são muito perigosos […]. O estabelecimento da chamada parceria de segurança trilateral entre os Estados Unidos, o Reino Unido e a Austrália visa essencialmente provocar o confronto militar na região através da cooperação militar em pequenos círculos. Qualquer tentativa de usar a cooperação militar para intervir na questão de Taiwan é interferir nos assuntos internos da China e é uma ameaça à paz e à estabilidade na região do estreito de Taiwan”, disse Zhu Fenglian, porta-voz do Escritório de Assuntos de Taiwan da China, a repórteres em Pequim nesta quarta-feira (10), segundo a Reuters.
Nesta semana, o premiê do Japão, Fumio Kishida, está em Washington para uma visita à Casa Branca, e tem sido ventilado pela mídia que Tóquio poderia ser chamada para integrar a AUKUS.
Pequim disse estar “seriamente preocupada” com a possibilidade de o Japão aderir ao pacto de segurança, uma vez que a medida “desconsidera o risco de proliferação nuclear”, “intensificaria a corrida armamentista na região do Indo-Pacífico e perturbaria a paz e a estabilidade regionais”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em uma conferência de imprensa, citada pelo South China Morning Post na segunda-feira (8).
Também nesta quarta-feira (10), o presidente Xi Jinping recebeu no Grande Salão do Povo o ex-líder de Taiwan, Ma Ying-jeou, e disse que inferências externas não poderiam impedir a “reunião familiar” entre os dois lados do estreito de Taiwan, e que não há questões que não possam ser impedidas ou discutidas.
“A interferência externa não pode impedir a tendência histórica de reunificação do país e da família. Não há rancor que não possa ser resolvido, não há problema que não possa ser discutido e não há força que possa nos separar”, afirmou Xi, citado pela mídia.
Ma disse a Xi que as tensões causaram desconforto a muitos taiwaneses.
“Se houver uma guerra entre os dois lados, será insuportável para o povo chinês […] os chineses de ambos os lados do estreito têm sabedoria suficiente para lidar pacificamente com todas as disputas e evitar entrar em conflito”, disse o ex-presidente.
Pequim vê Taiwan como uma província renegada que pertence por direito à China no âmbito da política de Uma Só China. A ilha autogovernada não declarou formalmente sua independência, mas afirma já ser, mantendo laços próximos a países ocidentais, principalmente os EUA.
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Fonte: sputniknewsbrasil