Líder supremo do Irã diz que Israel ‘deve ser punido’ pelo ataque à embaixada na Síria


Em uma grande escalada da guerra de Israel com o grupo militante palestino Hamas, aviões de guerra israelenses bombardearam o Consulado-Geral do Irã em Damasco, em 1º de abril. O ataque matou militares de alto escalão do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), ligado ao Exército do Irã, como os generais-brigadeiros Mohammad Reza Zahedi e Mohammad Hadi Hajj Rahimi. No prédio do consulado se situava a residência do embaixador iraniano Hossein Akbari, que não ficou ferido durante o ataque.

“Quando atacam o consulado, é como se tivessem atacado o nosso solo”, disse Khamenei em discurso que marcou o fim do mês sagrado muçulmano do Ramadã e teve parte reproduzida em sua conta no X (anteriormente Twitter). “O regime maligno cometeu um erro e deve ser punido e será”, acrescentou.

Segundo a mídia local, autoridades iranianas ameaçaram repetidamente retaliar o ataque — considerado por Teerã um ataque terrorista, mas até agora nenhuma ofensiva foi lançada, enquanto muitas autoridades no Irã tem pedido cautela e “paciência estratégica”.
Em resposta a Khamenei, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse na quarta-feira (10) que Israel vai responder se o Irã atacar Israel a partir do seu próprio solo.
“Se o Irã atacar a partir do seu próprio território, Israel responderá e atacará no Irã”, disse Katz em uma publicação no X.
Míssil balístico hipersônico Rampage sendo lançado de avião de combate F-16 (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 10.04.2024

O grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, tem trocado tiros regularmente com Israel, enquanto grupos iraquianos dispararam contra as forças dos EUA — que saqueiam e ocupam ilegalmente o território — na Síria e no Iraque e os houthis do Iêmen têm como alvo os navios no mar Vermelho e no golfo de Áden que tenham relação ou se destinem a Israel desde que Tel Aviv intensificou suas ações desproporcionais contra o enclave palestino vitimando, em seis meses de bombardeio, cerca de 33.360 palestinos, em sua maioria mulheres e crianças.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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