O exército israelense declarou na madrugada de quarta-feira que havia bombardeado posições do grupo terrorista libanês Hezbollah na Síria, numa tentativa de frustrar seu “enraizamento” no país.
Enquanto luta contra os milicianos do Hamas em Gaza, o governo de Israel afirmou repetidamente que também está pronto para enfrentar o Hezbollah e intensificou os ataques, inclusive na Síria, nas últimas semanas.
Um comunicado das Forças de Defesa de Israel afirmou que o exército havia “atingido infraestruturas militares que, com base em informações de inteligência precisas, eram utilizadas pela organização terrorista Hezbollah na frente síria”.
O exército divulgou um vídeo de um ataque a um prédio.
Israel vem travando uma grande campanha contra o Hamas em Gaza desde os ataques perpetrados pelo grupo terrorista palestino em 7 de outubro do ano passado, e tem havido preocupação internacional com a possível extensão do conflito.
O exército disse que “responsabiliza o regime sírio por todas as atividades que ocorrem em seu território e não permitirá qualquer tentativa de ação que possa levar ao enraizamento do Hezbollah na frente síria”.
“Paralelamente, nas últimas horas, as FDI atacaram várias posições de observação do Hezbollah e infraestruturas terroristas no sul do Líbano”, acrescenta o comunicado.
“Ao longo do dia, a artilharia das FDI atingiu para eliminar ameaças nas áreas de Dhayra e Tayr Harfa, no sul do Líbano”.
Na terça-feira, Israel disse que seus aviões de guerra haviam atingido uma posição militar síria em resposta ao lançamento de foguetes do sul da Síria sobre as Colinas de Golã anexadas por Israel.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo de vigilância sediado na Grã-Bretanha, disse que aviões israelenses realizaram incursões na Síria na terça-feira e na última segunda-feira.
Um deles destruiu um depósito de armas e munições na região de Daraa, no sul da Síria, enquanto na segunda-feira a incursão atingiu um local militar no sul usado por grupos apoiados pelo Irã e pelo Hezbollah para disparar foguetes contra as Colinas de Golã, segundo o Observatório.
O exército israelense realizou centenas de ataques na Síria desde o início da guerra civil em 2011, principalmente contra alvos pró-iranianos. Em 1º de abril, um ataque israelense a um prédio consular da embaixada iraniana em Damasco matou 16 pessoas, incluindo sete membros da Guarda Revolucionária do Irã, segundo o observatório. Israel não comentou sobre o ataque.
Fonte: gazetabrasil