Comprar carro usado ficou 7,6% mais barato nos últimos 12 meses, apontam especialistas


Conteúdo/ODOC – O preço dos carros usados – que haviam subido de forma estratosférica em 2021 e 2022 – agora estão em queda. Conforme os dados da Bright Consulting, houve um deságio de 7,6% nos últimos 12 meses, valor superior à margem de comercialização de muitos desses negócios. No caso dos modelos hatch, a desvalorização alcança 11%.

Contudo, com os preços depreciados, esse mercado continua aquecido em volume com a comercialização até 6 vezes maior do que os carros 0 km. Os lojistas buscam limpar seus estoques antigos e realizar prejuízos para que a perda não seja ainda maior.

O consultor associado da Bright Consulting, Cassio Pagliarini, explica que a forte desvalorização dos usados tem múltiplos motivos.

“Durante 2021 e início de 2022, com a falta de veículos novos, os preços dos usados subiram mais do que deveriam e a euforia teve seu reflexo – tudo que sobe, tem que descer. Também se nota no período de junho a setembro de 2023 o profundo impacto do incentivo do governo para venda de usados. Se aquela ação fez impulsionar a parcela de veículos novos abaixo de R$ 120 mil, essa mesma ação derrubou o preço dos usados de forma que não mais se recuperaram ao longo do ano”, explicou.

Além disso, o aumento do emprego, redução gradativa da taxa de juros, promoções oferecidas pelas montadoras, ofertas de veículos por assinatura a preços adequados estão conseguindo recuperar o mercado de novos, trazendo de volta alguns clientes que tinham migrado para os seminovos.

Uma pesquisa realizada pela Webmotors com 3 mil pessoas revela que 83% dos entrevistados têm a intenção de comprar ou trocar de carro em 2024. Contudo, 60% querem carro usado, 22% têm propensão em adquirir modelos novos e 18% estão na dúvida.

O estudo da Webmotors mostra também que 47% dos respondentes que têm um automóvel planeja trocar de veículo nos primeiros seis meses de 2024. As principais motivações para a substituição são: costume de trocar o veículo (44%); envelhecimento do carro atual (25%); necessidade de um veículo mais econômico (16%) e ter um modelo mais potente (15%).

Para a próxima aquisição, os usuários que possuem carro e intencionam trocá-lo escolheriam, em primeiro lugar, um SUV (42%), seguido por sedã (29%), hatch (17%), picape (9%) e perua (3%). Quando questionados sobre qual tipo de motor desejado, a maioria (65%) optaria pelo flex.

“A partir desse estudo, observamos que, em 2024, a intenção de compra segue alta, reiterando que o carro permanece como um sonho de consumo para os brasileiros”, afirma a CMO da Webmotors, Natalia Spigai.

Fonte: odocumento

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