A ministra Marina Silva reuniu-se na terça-feira (2/4) com representantes de Colômbia, Gana, Indonésia, Malásia e República Democrática do Congo para apresentar a proposta brasileira de um fundo global que financie a conservação de florestas tropicais. A iniciativa Florestas Tropicais para Sempre foi anunciada na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no fim de 2023.
O capital investido será destinado a ativos verdes e o retorno será aplicado na preservação das florestas tropicais. A proposta é que seja pago um valor fixo anual para cada hectare de floresta de pé e que haja desconto no valor a receber para cada hectare desmatado ou degradado.
“A ideia seria lançar esse mecanismo na COP30, considerando a conexão com a missão 1,5º C e a integração das agendas de clima, biodiversidade e combate à desertificação”, afirmou Marina.
Participaram da reunião on-line a ministra de meio ambiente da Colômbia, Susana Muhamad; o ministro de Recursos Naturais, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Malásia, Nik Nazmi Nik Ahmad; o ministro coordenador para Assuntos Marítimos e Investimento da Indonésia, Luhut Binsar Pandjaitan; o ministro de Terras e Recursos Naturais de Gana, Samuel Jinapor; e assessor da ministra do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da RDC, Ève Bazaiba.
Acompanharam o encontro o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, a secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, e o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Garo Batmanian. A diretora do Departamento de Meio Ambiente da Secretaria de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Maria Angélica Ikeda, também participou.
O fundo busca valorizar serviços ecossistêmicos de florestas tropicais, fundamentais para a regulação climática do planeta e manutenção da biodiversidade, recursos hídricos e conhecimentos tradicionais associados.
“Trata-se de um mecanismo de pagamento por performance, baseado, neste caso, na floresta em pé dos países que já vem conservando suas florestas tropicais”, explicou Marina Silva.
Segundo a ministra, agora o objetivo é “criar um processo colaborativo entre os países” para a construção do fundo. Para coordenar as ações, será criado um comitê diretor de alto nível com países detentores de florestas tropicais e nações que podem apoiar a ação.
Além do MMA, participam da construção do fundo os Ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores.
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Fonte: gov.br