O carro novo mais barato do Brasil é o Renault Kwid Zen, que custa R$ 72.640. Há dez anos, o cenário era bem diferente. Este posto pertencia ao Fiat Palio Fire (versão duas portas), que custava R$ 24.190. Várias questões influenciam para o valor ser R$ 48.450 maior do que em 2014, como a inflação. Mas Autoesporte vai focar apenas no que o carro oferecia, quanto custa comprá-lo usado atualmente e comparar a evolução dos equipamentos de série para um modelo de entrada em 2024.
Em 1º de janeiro de 2014 entrou em vigor as resoluções 311 e 312 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que exige por lei a obrigatoriedade de dois itens de segurança para qualquer carro que saia da linha de produção: airbag duplo frontal (um para o motorista e outro para o passageiro) e sistema de freios ABS, que evita o travamento das rodas em frenagem mais brusca.
E o Palio Fire foi o carro mais barato do Brasil na época a sair de fábrica com esses equipamentos de série. Por outro lado, o hatch era extremamente simples e tudo de atrativo era oferecido como opcional.
Para ter direção hidráulica, era preciso desembolsar R$ 1.111. Por mais R$ 3.101, o cliente poderia comprar o Kit Celebration 2, que trazia ar-condicionado e travas e vidros dianteiros elétricos. Para ter rádio — que já vinha com uma entrada USB —, também era preciso desembolsar R$ 182. Com todos esses opcionais o valor final do carro saltava para R$ 28.584. A versão quatro portas do Palio Fire era vendida por R$ 26.190 na época.
O Palio Fire tem motor 1.0 flex de 75 cv e 9,9 kgfm, acoplado a um câmbio manual de cinco velocidades. Autoesporte testou esse carro na época. O consumo, segundo a Fiat, é de 8,8 km/l ne cidade de 10,3 km/l na rodovia, quando abastecido com etanol, e os respectivos números com gasolina vão para 12,3 km/l e 15 km/l.
Em relação ao tamanho, o Palio Fire tem 3,82 m de comprimento, 1,63 m de largura, 1,43 m de altura, 2,37 m de entre-eixos e 280 litros de capacidade no porta-malas. De acordo com a tabela Fipe, o preço de tabela do carro no mercado de usados é de R$ 25.500.
Renault Kwid e Fiat Mobi disputam o posto de carro mais barato do Brasil mês a mês. Atualmente, o modelo da Renault segura o posto por apenas R$ 350. Enquanto a versão Zen custa R$ 72.640, a Fiat cobra R$ 72.990 pela versão de entrada do compacto, chamada de Like.
Passado uma década, há um abismo na comparação da lista de equipamentos de série do carro mais barato do Brasil. Entre os principais itens, o Kwid Zen oferece: airbags laterais (os frontais são obrigatórios por lei), start-stop, ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros, rádio com conexão Bluetooth, controles de tração e estabilidade, travas elétricas e monitoramento de pressão dos pneus.
O motor, por outro lado, consegue ser menos potente: o 1.0 de três cilindros entrega 71 cv e 10,0 kgfm. Segundo o Inmetro, o Kwid faz 10,8 km/l na cidade e 11 km/l na estrada com etanol. Quando abastecido com gasolina, as marcas vão para: 15,3 km/l no ciclo urbano e 15,7 km/l no rodoviário.
O compacto tem 3,73 m de comprimento, 1,58 m de largura, 1,48 m de altura e 2,42 m de distância entre-eixos. O porta-malas tem capacidade de 290 litros.
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Fonte: direitonews