“Hoje estamos considerando seriamente um projeto — em algum momento no periódo de 2033–2035 — para entregar e instalar uma unidade de energia na superfície lunar junto com nossos colegas chineses“, disse Borisov.
Conversamos com @raquelmissagia, prof.ª colaboradora de relações internacionais no Instituto de Estudos Estratégicos (Inest) na @uff_br; e Pedro Martinez, líder da linha de pesquisa de segurança espacial do Laboratório de Simulações e Cenários. Ouça agora!https://t.co/g3P57tfO67
— Mundioka (@mundioka) April 1, 2024
“O que acontece é que a energia nuclear é muito mais potente, inclusive, do que a energia solar. […] Daí a justificativa de você utilizar a energia nuclear em solo lunar. Então tem uma tecnologia ainda em desenvolvimento. O tempo para isso chegar, acontecer, os impeditivos técnicos, todo esse processo ainda tem que ser alcançado para que de fato isso aconteça.”
Quais os impactos geopolíticos do uso de energia nuclear na Lua?
🎙Para entender a atuação de grandes potências em relação à atividade espacial, convidamos Pedro Martinez, mestre em economia política internacional pela UFRJ e líder da linha de pesquisa de segurança espacial do Laboratório de Simulações e Cenários, para o episódio de hoje. pic.twitter.com/nuT8bk2Zdc
— Mundioka (@mundioka) April 1, 2024
“O que a gente tem visto é a multiplicação de atores, por exemplo, em sistemas de navegação. Em sistemas de navegação, você tem tanto a Rússia, tanto a China quanto os Estados Unidos fazendo os seus próprios e não confiando em cooperação. Então a gente tem visto um crescimento de tensões e uma diminuição de cooperação nessa nova era de tecnologia espacial”, complementa.
Há recurso financeiro disponível para a empreitada?
“A gente vê o espaço como um ativo importante em guerras atuais. A gente está tendo o conflito no Leste Europeu em que se utilizam satélites. A gente vê a profusão de armas antissatélites como uma possibilidade de conflito futuro, ou seja, uma arma que sai da Terra em direção a satélites inimigos. Você tem uma vulnerabilidade muito grande porque satélites estão, digamos, flutuando ao redor da Terra e não tem nada que os defenda. Então o investimento de grandes potências em relação à atividade espacial é mais uma fase do aumento de gastos de defesa no mundo todo.”
“O projeto Artemis tem em torno de 33 países fazendo parte. O Brasil, inclusive, faz parte do projeto Artemis. Já a China e a Rússia vêm tentando trazer mais países para fazer parte da construção dessa Estação Lunar Internacional de Pesquisa. Inclusive os países que formam o BRICS foram convidados pela Rússia a fazerem parte dessa iniciativa”, acrescenta.
Fonte: sputniknewsbrasil