A Xiaomi anunciou que recebeu exatos 88.898 pedidos do seu mais novo carro elétrico em apenas 24 horas. Trata-se do SU7, o primeiro sedã da marca, que chega ao mercado com autonomia de 830 km. Mas o que explica tanto sucesso em tão pouco tempo? Autoesporte explica agora.
Para começar, o modelo da empresa de tecnologia chinesa parte de 215.900 yuans, o equivalente a R$ 150 mil na conversão direta. A título de comparação, é mais barato que o principal rival, o Tesla Model 3, que parte de 245.900 yuans (aproximadamente R$ 170 mil).
Ao todo, o sedã da Xiaomi chega em três versões: Standard, Pro e Max. A última, topo de linha, alcança a faixa dos 299.900 yuans (algo em torno de R$ 210 mil). O posicionamento também o coloca como rival de outros modelos como, por exemplo, o BYD Seal.
No design, o sedã traz um estilo que remete ao da Tesla, com uma pegada cupê. A dianteira baixa se destaca pelos faróis de LEDs pontiagudos e a entradas de ar na parte inferior do para-choque. De acordo com a marca, abaixo do conjunto óptico há dutos de ar reais para ajudar a dissipar o calor do sistema de freio.
A traseira se destaca com as lanternas conectadas e o nome da Xiaomi logo acima. Como falamos, há caída de teto proeminente, bem como um para-choque robusto que comporta as luzes de freio. As rodas, aliás, podem ser de 19 a 21 polegadas, a depender da versão.
Feito sobre a plataforma Modena da Xiaomi, o sedã tem 4,99 metros de comprimento, 1,96 m de largura, 1,45 m de altura e 3 m de entre-eixos. Ou seja, também é maior que o Model 3 em todas as dimensões.
Além disso, o Xiaomi SU7 oferta um porta-malas dianteiro de 105 litros de capacidade, bem como um traseiro com 517 litros. Nesse quesito, o sedã elétrico da Tesla fica à frente com 594 litros.
Na versão de entrada, o Xiaomi SU7 é equipado com um motor elétrico traseiro de 295 cv de potência e 40,8 kgfm de torque. O modelo traz as baterias Blade da BYD. Na configuração Standard é a de 73,6 kWh, que entrega uma capacidade de alcance de 700 km com uma única carga (no ciclo chinês). Segundo a empresa, é possível recuperar até 350 km em 15 minutos.
Logo em seguida, a versão intermediária Pro tem o mesmo propulsor da versão de entrada. No entanto, a bateria é de 94,3 kWh, que permite um alcance maior, de 830 km. No entanto, pode recuperar até 510 km com apenas 15 minutos de carregamento em estações de alta voltagem.
Por fim, a topo de linha Max oferta dois motores elétricos. Ou seja, tem tração integral (AWD). Neste caso, são 663 cv de potência e 85,5 kgfm de torque. A bateria é CATL Qilin de 101 kWh. Assim, a autonomia média é de 800 km no ciclo chinês. De acordo com a empresa, o 0 a 100 km/h é feito em 2,78 segundos e a velocidade máxima é de 265 km/h.
Com esses números, o Xiaomi SU7 supera o rival da Tesla. Afinal, o Model 3 está disponível em opções com motor elétrico traseiro ou dois propulsores elétricos (com tração integral). A primeira opção oferta até 512 km de autonomia e 283 cv de potência. Já na segunda são 629 km de alcance, segundo o ciclo europeu WLTP, e 497 cv de potência máxima. Isso também colabora com os números de vendas surpreendentes.
A cabine do SU7 é bastante sofisticada e até lembra o design de modelos da BYD. O painel, por exemplo, traz um acabamento em tecido, bem como uma central multimídia de 16,1 polegadas com resolução 3K. A empresa ainda não detalhou, mas deve ter o sistema mais atualizado da Xiaomi. No entanto, a marca resolveu manter os botões físicos para facilitar as configurações do ar-condicionado, por exemplo.
Outro detalhe interessante é o painel de instrumentos de 7,1 polegadas com um design mais retilíneo. Além disso, o sedã oferta um volante de três raios, bancos em couro Nappa com estilo esportivo, bem como uma espécie de geladeira. Por fim, há suporte para tablets, smartphones e outros equipamentos nos encostos dos bancos dianteiros.
Em termos de equipamentos, o sedã elétrico da Xiaomi oferta recursos de assistência ao motorista. Na versão topo de linha, Max, há o sistema ADAS Xiaomi Pilot Max, que traz sistemas inteligentes.
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Fonte: direitonews