O Brasil vive uma nova onda de fabricantes chinesas desembarcando. A fila puxada por BYD, GWM, Seres e Omoda Jaecoo tem uma nova integrante. É a Zeekr, marca que só produz carros elétricos e pertence ao grupo Geely, dona da Volvo.
Apesar de pertencer a um grupo chinês, a Zeekr tem a equipe de design baseada em Gotemburgo, na Suécia. Ou seja, pode ser considerada uma prima distante da Volvo. O posicionamento também deve ser menos generalista e mais premium.
A chegada da marca no Brasil está prevista para o segundo semestre deste ano, mas a Zeekr já trouxe unidades dos modelos 001 e X, ambos elétricos, para testes por aqui. Ainda não há definição de quais carros serão vendidos. Mas é bem possível que os dois sejam os primeiros da lista de lançamentos.
Outro indicativo de que a chegada se aproxima é a criação de uma página da operação brasileira no Instagram. Porém, ainda não há informações sobre a rede de concessionários.
O Zeekr 001, como o nome já indica, foi o primeiro carro da marca. Estamos falando de um cupê de quatro portas grande. São 4,96 metros de comprimento e 3 m de entre-eixos, medidas equivalentes às de um Porsche Taycan.
Números de desempenho também são comparáveis aos do alemão. As versões mais extremas têm dois motores elétricos, que juntos rendem 544 cv de potência combinada e vão de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos. A autonomia é de até 594 km, segundo o ciclo europeu WLTP.
Há ainda uma opção mais básica, com apenas um motor elétrico. Nesse caso, são 272 cv. Como a potência (e a demanda por energia elétrica) é menor, a autonomia sobe e alcança os 620 km, sempre no padrão WLTP.
A lista de recursos do sedã inclui suspensão a ar, central multimídia de 15,4 polegadas, quadro de instrumentos digital, ar-condicionado digital de três zonas, rodas de 22 polegadas e teto panorâmico.
Já o Zeekr X é um SUV médio que compartilha parte do conjunto mecânico com o Volvo EX30. Porém, tem porte maior, semelhante ao do XC40. São 4,43 metros de comprimento e 2,75 m de entre-eixos.
Assim como o 001, o Zeekr X tem duas versões. A de entrada oferece apenas um motor, tração traseira e 272 cv de potência. Leva 5,6 segundos para ir de 0 a 100 km/h e cada carga das baterias de 69 kWh garante autonomia de 440 km.
Quando um segundo motor é adicionado ao eixo dianteiro, a potência chega a 428 cv combinados, garantindo desempenho melhor: 3,8 s para ir de 0 a 100 km/h. A bateria, que tem a mesma capacidade de 69 kWh, passa a oferecer 400 km de autonomia, também segundo o ciclo WLTP.
Ao contrário do 001, que tem linhas modernas, porém clássicas, o X segue um caminho menos convencional. A carroceria é cheia de recortes retos. As portas traseiras, por exemplo, trazem uma linha ascendente que termina apenas na junção do teto. Faróis e lanternas são afilados e igualmente repletos de vincos. Toda a iluminação é feita por LEDs.
Como os modelos sequer foram confirmados para o Brasil, não há qualquer estimativa de preço. É possível projetar os valores com base no que a marca cobra na Holanda, um dos países europeus em que atua.
O X, por exemplo, vai de 42.490 euros a 50 mil euros, ou entre R$ 230 mil e R$ 270 mil, na conversão direta. Como comparação, um Volvo XC40 (por lá, já chamado de EX40) varia de 46 mil a 59 mil euros (R$ 248 mil a R$ 319 mil). No Brasil, o XC40 vai de R$ 342.950 a R$ 405.950.
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Fonte: direitonews
