Em ataque velado, China convoca nações asiáticas em fórum para combater ‘bullying’ dos EUA


Nesta quinta-feira (28), Zhao Leji, o terceiro no escalão do Partido Comunista chinês, disse a líderes asiáticos e diplomatas globais que “atos hegemônicos e de intimidação são profundamente prejudiciais”.
“Devemos opor-nos ao protecionismo comercial e a todas as formas de construção de barreiras, dissociação ou corte de cadeias de abastecimento”, afirmou Zhao, citado pela Bloomberg.
O líder, que também é presidente do Comitê Permanente do principal órgão legislativo, apelou aos países asiáticos para “se oporem à política de poder e aos atos hegemônicos e manterem a ordem regional que acomoda as necessidades e interesses de todas as partes”.
Zhao não mencionou nenhum país, mas as suas observações sublinham os esforços contínuos da China para promover uma alternativa chinesa à ordem mundial liderada pelos EUA, escreve a mídia.
Ele também instou as nações asiáticas a permanecerem independentes e a trabalharem juntos para manter a segurança na região.
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O presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokaev, o presidente de Nauru, David Adeang, o primeiro-ministro de Dominica, Roosevelt Skerrit, o presidente do Camboja, Hun Sen, e o premiê do Sri Lanka, Dinesh Gunawardena, estavam entre os líderes que discursaram no evento de hoje (28).
A reunião de quatro dias de Boao na ilha de Hainan ocorre no momento em que Pequim intensifica uma ofensiva de charme para atrair investimento estrangeiro e reforçar os seus esforços diplomáticos para retratar a China como uma potência responsável.
As declarações de Zhao acontecem logo após a reunião do presidente Xi Jinping na quarta-feira (27) com um grupo de executivos norte-americanos em Pequim.
O presidente chinês, Xi Jinping, discursa em uma mesa redonda de negócios EUA-China, composta por CEOs dos EUA e da China, em Seattle, EUA, 23 de setembro de 2015 - Sputnik Brasil, 1920, 27.03.2024

O movimento duplo sublinha os esforços contínuos da China para promover uma alternativa ao poderio dos EUA, ao mesmo tempo que corteja os líderes empresariais americanos para ajudarem a alcançar uma ambiciosa meta de crescimento neste ano.
Na terça-feira (26), a China apresentou uma queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre os subsídios norte-americanos aos veículos elétricos, conforme noticiado.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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