“É um péssimo acordo, para vocês e para nós também, porque foi negociado há 20 anos. A vida diplomática, a vida dos negócios, têm o mesmo destino. Quando foi negociada uma regra antiga, pode tentar reanimar aquela chama, mas é preciso reconstruir pensando o mundo como ele é atualmente, levando em consideração a biodiversidade e o clima. E o acordo não está considerando. Então, esse acordo não pode ser defendido. Eu não defendo.”
“As empresas brasileiras têm essa sensibilidade e estão tendo bons resultados. E o Brasil tem um governo muito empenhado na luta contra o desmatamento. Então, por favor, deixemos de lado os acordos de 20 anos atrás. Por favor, vamos construir um novo acordo, iluminado pela nossa realidade. Um acordo comercial responsável, que tenha biodiversidade”, prosseguiu.
“Quando vejo Brasil e França, e nos últimos dias mais de perto, acho que podemos e devemos confiar na força e no futuro do Brasil, não apenas como economia, mas como nação. Conseguiram enfrentar períodos muito desestabilizadores nos últimos tempos — Covid, geopolítica. [O Brasil] tem um crescimento sólido neste ano e nos próximos. Souberam controlar a inflação e souberam resistir às agitações que às vezes as democracias do mundo sofrem.”
“Somos contra sermos vassalos e temos caminhos que nos permitem sermos independentes. Não significa que estaremos fechados, cada um para si, mas criando uma parceira a partir de valores que nos pertencem, de dignidade humana”, discursou o presidente francês.
Visita de Macron ao Brasil
Fonte: sputniknewsbrasil