Conforme comunicado do governo norte-americano, o fundo permanecerá fora do alcance do Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista), que atualmente governa o Afeganistão.
“Os Estados Unidos, por meio do Departamento do Tesouro e do Departamento de Estado, e em coordenação com parceiros internacionais, incluindo o governo da Suíça e especialistas econômicos afegãos, anunciaram hoje a criação de um fundo para beneficiar o povo do Afeganistão, ou o ‘Fundo Afegão’”, diz o documento.
Os talibãs “não fazem parte do fundo afegão”, salientou o Departamento de Estado, apontando o estabelecimento de “salvaguardas robustas” para impedir que os fundos sejam utilizados para atividades ilícitas. Ainda segundo o documento, a conta do fundo será mantida na Suíça.
© AFP 2022 / Mohsin KarimiGuardas do Talibã em posto de controle em Herat, no Afeganistão, em 15 de agosto de 2022
Guardas do Talibã em posto de controle em Herat, no Afeganistão, em 15 de agosto de 2022
© AFP 2022 / Mohsin Karimi
“Hoje os Estados Unidos e seus parceiros dão um passo importante e concreto para garantir que recursos adicionais possam ser usados para reduzir o sofrimento e melhorar a estabilidade econômica para o povo do Afeganistão, continuando a responsabilizar os talibãs”, declarou a vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, conforme o comunicado.
O Talibã chegou ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, após a saída das tropas norte-americanas do território afegão. O país hoje convive com o aprofundamento de crises econômicas, humanitárias e de segurança.
Em fevereiro deste ano, o presidente norte-americano, Joe Biden, assinou uma ordem que permite que US$ 7 bilhões (cerca de R$ 36,2 bilhões) em fundos do banco central afegão retidos pelos EUA sejam divididos igualmente entre um fundo humanitário para ajudar o povo afegão e a compensação pelas vítimas do terrorismo.