Defesa cita tentativa de suicídio e Justiça revoga prisão de suspeita de envolvimento na morte de advogado


Conteúdo/ODOC – O juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), revogou a mandado de prisão temporária de Elenice Ballarotti Laurindo, esposa do fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo. O casal é acusado de ser mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, no ano passado, em Cuiabá. A decisão é desta sexta-feira (15).

Os dois tiveram o mandado de prisão temporária expedido pelo Nipo nesta semana, com base na investigação da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Aníbal se entregou na manhã de segunda-feira (11) na DHPP, mas foi solto no mesmo dia após passar por audiência de custódia, devido a idade avançada e necessidade de cuidados médicos especiais. Elenice era considera foragida.

Assim como o marido, ela deverá cumprir algumas medidas cautelares, entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica.

Investigação da DHPP apontam que o casal encomendou o crime por conta de uma disputa de terra, na qual perderam uma fazenda, no valor de R$ 6 milhões, em Paranatinga ( a 376 km de Cuiabá).

A DHPP chegou até o casal após a investigação descartar a participação da empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo na morte. Ela chegou a ficar presa por 30 dias.

Tentativa de suicídio

No pedido de revogação da prisão, a defesa que Elenice recebesse o mesmo benefício que o marido,  argumentando que ela  ficou hospitalizada de 6 a 8 de março “por motivos de doença da requerente (CID:X-61.0), bem como consta a imprescindibilidade de acompanhamento integral por familiar, devido a risco de autoagressão e, por fim, consta a brevidade do retorno médico dentro de 07 (sete) dias”, diz trecho do documento.

O Cid mencionado no trecho representa internação após “auto-intoxicação por e exposição, intencional, a drogas anticonvulsivantes [antiepilépticos] sedativos, hipnóticos, antiparkinsonianos e psicotrópicos não classificados em outra parte”.

“Ex positis, com fundamento nos artigos 380, inciso II e 580, ambos do Código de Processo Penal, por consectário, em dissonância com o parecer ministerial encartado, defiro o pleito formulado para estender os efeitos da decisão atinente ao representado Anibal Manoel Laurindo em favor da representada requerente Elenice Ballarotti Laurindo”, decidiu o juiz.

O crime

Roberto Zampieri foi assassinado na noite do dia 5 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro, quando foi atingida pelo executor, que fez diversos disparos de arma de fogo.

Seguem presos por envolvimento o coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontado como financiador do crime; o empresário Hedilerson Fialho Martins Barbosa, suposto intermediário; e o pedreiro Antônio Gomes da Silva, que confessou ter atirado e matado a vítima.

Fonte: odocumento

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