“Atualmente, as Forças Armadas vêm incorporando cada vez mais mulheres em suas fileiras, e a mulher ocupa cargo e concorre às promoções nas mesmas condições de igualdade que os militares do sexo masculino. Então por que não podem também ingressar nas carreiras de combatentes?”, questiona a deputada em declarações à Sputnik Brasil.
Por que mulheres ainda não integram certos cargos no Exército?
“Nesse contexto, a limitação de entrada apenas na área da logística, nos cursos de intendência e material bélico, se deu por haver um entendimento de que as exigências físicas e as demandas funcionais na logística são menores do que em outras especialidades combatentes, como a infantaria, a cavalaria, a artilharia e a engenharia”, argumenta o Exército, que acrescentou ser mais prudente acompanhar as primeiras turmas de logística e aperfeiçoar o sistema para minimizar impactos.
Alistamento voluntário pode democratizar acesso às Forças Armadas?
“Temos uma forte herança patriarcal, machista. A questão é estruturalmente cultural, e permeia muitas atividades profissionais da mulher brasileira. É só olhar o grau de participação feminina na Câmara dos Deputados e no Senado, por exemplo. A resistência ao ingresso de mulheres nas Forças Armadas deve ser vencida com a luta diária das mulheres em ocupar o espaço que quiserem, no seu empoderamento, provocando também o engajamento masculino nessas mudanças fundamentais para que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens no nosso país.”
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Fonte: sputniknewsbrasil