A Stellantis volta a ser notícia nesta semana. Depois de anunciar um lucro de R$ 100 bilhões em 2023, a dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën vê seu CEO, Carlos Tavares, no centro das atenções. Segundo a Reuters, o executivo recebeu quase 36 milhões de euros (cerca de R$ 195 milhões) de remuneração em 2023. O valor é 56% maior quando comparado com 2022, quando os ganhos atingiram “apenas” 23,5 milhões de euros (algo perto de R$ 130 milhões).
Ainda de acordo com a agência de notícias, o montante foi 518 vezes maior do que a média salarial anual dos trabalhadores da empresa no mesmo período, que chegou a 70.404 euros — cerca de R$ 380 mil na conversão direta — em 2023 (aumento de 9,4% em relação a 2022).
A Stellantis afirma que o aumento da compensação se deve ao impacto de um pagamento único relativo a um incentivo de longo prazo para 2021-2025. Em 2023, a Stellantis distribuiu 6,6 bilhões de euros (R$ 35,3 bilhões) aos acionistas em dividendos e recompra de ações, aumento de 53% sobre 2022.
Recentemente, após ameaça de greve em três marcas do conglomerado, a Stellantis também entrou em acordo com o Sindicato dos Trabalhadores e houve um aumento imediato de 11% na folha de pagamento dos funcionários e uma promessa de incremento de 25% nos salários-base até 2028. O sindicato também negociou uma redução significativa no tempo que os trabalhadores levam para alcançar os melhores cargos e salários, de oito para três anos.
A Stellantis fechou 2023 com pouco mais de 258 mil funcionários ao redor do mundo, uma redução de 5,2% em relação ao ano anterior. Na América do Norte, o número total da força de trabalho caiu de 88.835 em 2022 para 81.341 funcionários no ano passado.
Ano passado, a United Auto Workers (sindicato que representa os trabalhadores da indústria automobilística dos Estados Unidos) criticou os altos salários dos mandatários de General Motors, Ford e da própria Stellantis, que tem marcas norte-americanas no portfólio.
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Fonte: direitonews