O caso da Alpine e Oscar Piastri continua repercutindo na Fórmula 1. O piloto australiano recusou a vaga oferecida pela equipe francesa e, com isso, assinou com a McLaren para 2023.
O CEO da Alpine, Laurent Rossi, revelou uma questão curiosa sobre o caso do jovem piloto. O contrato de Piastri com a equipe francesa tinha uma cláusula em que o time francês garantia a participação do piloto na temporada de 2023 da F1, seja na própria Alpine ou em outra equipe.
Em entrevista ao site oficial da F1, Rossi revelou que havia um acordo para que Piastri corresse na Williams em 2023. “No final de abril, encontramos uma vaga para ele na Williams. Quando a oportunidade da Williams estava prestes a se tornar um acordo concreto, tanto que a montagem dos assentos estava agendada, o staff de Piastri disseram ‘temos uma oportunidade possível na McLaren’”.
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“Foi um pouco decepcionante. Achamos um pouco estranho porque esperávamos um pouco mais de lealdade, considerando o quanto colocamos lá. Ele não disse que iria, ele disse que tinha uma oportunidade”, disse Rossi.
Apesar disso, Piastri decidiu assinar com a McLaren e não comunicou essa questão para a Alpine. Após a saída de Fernando Alonso, a equipe confirmou a presença do australiano na próxima temporada, mas foi surpreendida pela recusa do piloto.
Segundo o CEO da equipe francesa, a Alpine nunca teve a confirmação da assinatura de Piastri com a McLaren. “Decidimos promovê-lo (depois da saída de Alonso), ele era reserva e elevamos na mesma estrutura a piloto de corrida. Otmar Szafnauer, (chefe da Alpine) o viu, contou e anunciamos. Nós nunca soubemos de fato que ele havia assinado pela McLaren. Ele nunca nos disse”.
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“Ainda acreditávamos que a vaga na Williams era ótima, uma ótima oportunidade de aprender com um pouco menos de pressão. Uma equipe muito boa para aprender, muito experiente, capaz de desenvolver talentos como George Russell”, afirmou Rossi.
O CEO da Alpine não esconde sua decepção com Piastri. Para ele, a equipe francesa disponibilizou uma boa estrutura ao longo da parceria. “Agimos com muita lógica, em linha com nosso compromisso com ele. Da nossa perspectiva, é uma história muito linear e simples. Temos estado tão comprometidos. Eu não acho que poderíamos ter dado mais a qualquer piloto, para ser honesto”.
“Estou um pouco surpreso que Piastri pensou que primeiro ele era melhor que Williams. Posso entender do ponto de vista esportivo que a McLaren pode ser mais interessante com base em resultados puros na pista do que a Williams, mas não esperávamos que depois de tanto apoio, tanta lealdade, eles usassem essa porta dos fundos para comprar e conseguir o que parecia um contrato melhor para eles. Esses não são os valores que exibimos”, afirmou Rossi.
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O CEO admite que a Alpine errou em todo processo com o piloto australiano, mas reafirma que a equipe manteve o compromisso firmado com Piastri. “É assim que eu vejo a história. Claro que erramos, senão não estaríamos aqui falando sobre o tema, mas sentimos que fomos muito fiéis ao nosso compromisso, aos nossos valores e às nossas palavras ao Oscar”.