Conforme publicou o veículo de imprensa americano, “autoridades egípcias afirmaram que o Hamas mostrou sua disposição para chegar a um acordo sobre a libertação de todas as mulheres e crianças civis detidas”.
O anúncio é visto como mudança na postura do grupo armado, que anteriormente insistia em negociar reféns apenas como parte de um acordo abrangente de cessar-fogo.
O Wall Street Journal observa que as autoridades israelenses, embora expressem ceticismo sobre o possível progresso nas negociações, sinalizaram disposição para continuar as discussões sobre os princípios orientadores de um possível acordo.
Em 7 de outubro, Israel sofreu ataque com foguetes sem precedentes da Faixa de Gaza como parte de operação anunciada pelo braço militar do movimento palestino Hamas.
Após isso, combatentes do Hamas entraram em áreas fronteiriças no sul de Israel, envolvendo-se em tiroteios com militares e civis e fazendo mais de 200 reféns. Segundo os dados mais recentes das autoridades israelenses, aproximadamente 1,2 mil pessoas, incluindo civis, soldados, cidadãos estrangeiros e trabalhadores, foram mortas, e mais de 5 mil ficaram feridas.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) assumiram o controle de todas as áreas povoadas perto da fronteira com Gaza e iniciaram ataques aéreos contra vários alvos, incluindo civis, na região.
Israel também anunciou um bloqueio total à Faixa de Gaza, interrompendo o fornecimento de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.
No final de outubro de 2023, teve início a fase terrestre da operação israelense no enclave. As forças terrestres israelenses cercaram a cidade de Gaza, dividindo efetivamente o enclave em partes norte e sul.
O número de vítimas dos ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza desde 7 de outubro ultrapassou 25 mil, com mais de 63 mil pessoas feridas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia pediu às partes que cessassem as hostilidades. Segundo a posição do presidente russo, Vladimir Putin, a resolução da crise no Oriente Médio só é possível com base em uma fórmula de “dois Estados” aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, prevendo a criação de um estado palestino independente dentro das fronteiras de 1967, com sua capital em Jerusalém Oriental.
Fonte: sputniknewsbrasil