“O mar Vermelho esteve no centro da nossa discussão. Acordamos, a princípio, em estabelecer operações de segurança marítima da UE e discutir as várias opções dessas missões”, disse Borrell em coletiva de imprensa após reunião do Conselho de Relações Exteriores da UE.
No último domingo (21), o Reino Unido anunciou que planeja gastar US$ 514 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões) para modernizar o sistema de mísseis antiaéreos Sea Viper que as forças britânicas usaram para abater drones no mar Vermelho, em meio à deterioração da situação na região do Oriente Médio.
Em novembro, os houthis, grupo rebelde do Iêmen, anunciaram que atacariam qualquer navio associado a Israel no mar Vermelho até que parem os ataques à Faixa de Gaza pelas Forças de Segurança de Israel (FDI).
Na semana passada, os EUA e o Reino Unido iniciaram ataques aéreos contra posições houthis no Iêmen para destruir as possíveis instalações e a capacidade de combate do grupo.
Conflito Israel × Hamas: o princípio de tudo
A ofensiva israelense contra o grupo palestino na Faixa de Gaza já ultrapassa quatro meses com mais de 26 mil mortos de ambos os lados, sendo mais de 23 mil do lado palestino, 70% mulheres e crianças e mais de 60 mil feridos.
Em 24 de novembro de 2023, o Catar mediou um acordo entre Israel e o Hamas sobre uma trégua temporária e a troca de alguns dos prisioneiros e reféns, bem como a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O cessar-fogo foi prorrogado várias vezes e expirou em 1º de dezembro de 2023.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu só encerrar a guerra na Faixa de Gaza quando os membros do Hamas forem mortos. Já a comunidade internacional denuncia que não há “clareza” sobre os objetivos do governo de Israel, acusado de inúmeros crimes de guerra e investigado por possível genocídio.
Netanyahu declarou a um veículo de imprensa local no último domingo (21) que já foram libertados 110 reféns e descartou qualquer cessar-fogo nas hostilidades com o Hamas no território de Gaza.
Fonte: sputniknewsbrasil