De acordo com a Bloomberg, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, passou com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, em Istambul, mais de uma hora no sábado (6), depois de conversar com o ministro das Relações Exteriores, Hakan Fidan, no início de uma viagem diplomática que visa evitar uma guerra mais ampla no Oriente Médio e reunir o apoio árabe para a governação pós-conflito de Gaza.
“É claro que a Turquia está preparada para desempenhar um papel positivo e produtivo no trabalho que precisa acontecer no dia seguinte ao fim do conflito, e também, de forma mais ampla, na tentativa de encontrar um caminho para a paz e segurança sustentáveis”, disse Blinken aos repórteres em Chania, na Grécia, antes de partir para Amã, na Jordânia.
A programação de Blinken envolve cruzar o Oriente Médio durante vários dias, com paradas adicionais na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Catar, Egito, Israel e Cisjordânia.
“Temos um foco intenso em evitar que este conflito se espalhe”, disse Blinken. “E grande parte das conversas que teremos nos próximos dias com todos os nossos aliados e parceiros é analisar os passos que eles podem tomar, usando a influência e os laços que têm, para fazer exatamente isso — para se certificar de que este conflito não se espalhe.”
Blinken disse que os objetivos dos EUA incluem maximizar a proteção dos civis e o fluxo de assistência humanitária que chega até eles.
“A situação dos homens, mulheres e crianças em Gaza continua terrível”, disse ele. “Muitos palestinos foram mortos — especialmente crianças.[…] É imperativo que vejamos um aumento substancial e sustentado na assistência que chega para eles, bem como na proteção dos civis em geral”, disse ele.
Blinken está fazendo sua quarta viagem à região desde que eclodiu a guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, após os ataques de 7 de outubro que mataram 1.200 israelenses. Até agora, mais de 22 mil pessoas morreram em Gaza, segundo o Ministério da Saúde palestino.
No sábado, caças israelenses atingiram alvos do Hezbollah no sul do Líbano depois que o grupo militante disparou dezenas de foguetes contra Israel. A saraivada de foguetes do Hezbollah ocorreu depois que o Hamas culpou Israel por um ataque de drone na capital libanesa, Beirute, que matou um alto funcionário do Hamas nesta semana.
Enquanto isso, os houthis iemenitas disseram que vão continuar os ataques no mar Vermelho aos navios comerciais ligados a Israel em retaliação à guerra desproporcional travada em Gaza.
Os diplomatas europeus também expressaram preocupação crescente. A ministra das Relações Exteriores da França, Catherine Colonna, disse no X que ligou para seu homólogo iraniano Hossein Amir-Abdollahian para lhe dizer que “o Irã e seus comparsas devem parar imediatamente com suas ações desestabilizadoras“.
Josep Borrell, o representante da política externa da União Europeia (UE), disse em Beirute que é “imperativo” evitar a escalada das hostilidades.
“Também estou enviando esta mensagem a Israel: ninguém vencerá um conflito regional”, disse Borrell a repórteres segundo a AFP.
Fonte: sputniknewsbrasil