Carros elétricos e híbridos importados voltaram a pagar imposto no Brasil. Até 2026, a alíquota vai subir progressivamente (veja os valores abaixo). Porém, até lá, o governo estabeleceu cotas para que as fabricantes possam importar os modelos com isenção. E a Fiat, marca líder de vendas no Brasil, ficou de fora dos critérios estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
A explicação para a Fiat ter ficado de fora é porque 90% do total de cotas será destinado para as fabricantes que importaram pelo menos 1% do total de carros elétricos e híbridos entre janeiro e novembro de 2023. Neste caso, a divisão será proporcional ao volume de importações nesse mesmo período.
Nesse período, a Fiat emplacou apenas 34 unidades do furgão e-Scudo e 50 do 500e, os dois únicos elétricos da marca à venda no Brasil. Aliás, desde outubro não há emplacamentos do subcompacto elétrico. É possível inclusive que esses exemplares tenham sido trazidos ao país ainda em 2022.
Por não cumprir a norma do Mdic, a Fiat terá que dividir os 10% das cotas restantes entre as marcas que não cumpriram o critério do parágrafo acima.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços também divulgou a lista de fabricantes que vão usar a fatia maior. Porém, afirmou que, “por sigilo legal”, a cota por empresa não pode ser divulgada. Confira a relação completa:
Ainda que não tenha revelado as cotas por fabricante, podemos ter uma ideia de quais serão as fabricantes contempladas com cotas mais generosas usando como base o ranking de vendas por marca divulgado nesta quarta-feira (3) pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Nesse caso, é preciso considerar que Toyota e Caoa Chery produzem híbridos no Brasil, e, por isso, as importações são mais discretas. No caso da marca japonesa, apenas 987 exemplares do RAV4 foram importadas. Já a Caoa Chery importou cerca de 4.750 unidades de Tiggo 8 PHEV e iCar em 2023.
Descontando esses números, confira quais são as 10 fabricantes que mais devem ter cotas de importação:
Apesar de retomar o imposto de importação, o governo atribuiu uma cota para que as fabricantes possam trazer ao Brasil carros eletrificados sem pagar a alíquota. O montante será reduzido gradualmente até junho de 2026. Dali em diante, todos os importados terão que pagar as alíquotas máximas. Confira o cronograma abaixo:
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Fonte: direitonews