O grupo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) assumiu nesta quinta-feira (4) a autoria das duas explosões que deixaram pelo menos 103 mortos e mais de 200 feridos, na quarta-feira (3), na cidade iraniana de Kerman.
Os ataques ocorreram perto do túmulo do general do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã (IRGC, na sigla em inglês) Qassem Soleimani, morto em 2020 em um ataque dos EUA próximo ao Aeroporto Internacional de Bagdá, ordenado pelo então presidente americano Donald Trump.
No momento das explosões havia uma celebração ao quarto ano da morte do general Soleimani.
Ontem, 09:27
Os ataques despertaram furor entre as autoridades do Irã e de outros países. O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, prometeu uma resposta dura aos organizadores e executores dos ataques. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou que quer identificar e responsabilizar os agressores.
O presidente russo, Vladimir Putin, prestou condolências a Khamenei e Raisi e afirmou que “o assassinato de civis presentes no cemitério choca por sua crueldade e cinismo”, além de reafirmar que a Rússia condena todas as formas de terrorismo.
No Brasil, o governo federal emitiu um comunicado oficial expressando condolências aos familiares das vítimas e manifestando solidariedade ao povo e ao governo da República Islâmica do Irã.
Nesta quinta-feira (4), membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) emitiram um comunicado à imprensa condenando os ataques e apelando pela responsabilização dos autores.
“Os membros do CSNU enfatizam a necessidade de levar à Justiça os perpetradores, organizadores e patrocinadores desse ato terrorista. Apelam a todos os Estados, de acordo com as suas obrigações, sob a luz do direito internacional e das resoluções relevantes do CSNU, a cooperarem ativamente com o governo da República Islâmica do Irã, bem como com todas as outras autoridades a esse respeito”, diz o comunicado.
Fonte: sputniknewsbrasil
