Na terça-feira (2), o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri, foi morto em um ataque ao escritório do movimento no sul de Beirute por um suposto drone israelense, informou a mídia estatal libanesa, citando o Hamas. Apesar deste fato, a emissora turca TV5 informou no mesmo dia, citando meios de comunicação israelenses, que Ancara teria deportado al-Arouri depois de ter sido pressionado a fazê-lo por Washington.
“A alegação em alguns meios de comunicação, ‘imprensa israelense: [a Turquia] cedeu à pressão dos EUA e deportou alto funcionário do Hamas, Saleh al-Arouri’, não é verdade. Foi revelado que a notícia em questão foi fabricada citando afirmações infundadas na mídia israelense em 2015”, disse o Centro de Combate à Desinformação da Diretoria de Comunicações da presidência turca no X (anteriormente Twitter).
A presidência turca classificou tanto os novos relatos como os originais de 2015 como “produto de uma campanha de propaganda israelense“, acrescentando que foram concebidos “para manipular a opinião pública”.
No dia 7 de outubro, o movimento palestino Hamas lançou um ataque de foguetes em grande escala contra Israel a partir da Faixa de Gaza, enquanto os seus combatentes violavam a fronteira, abrindo fogo contra militares e civis. Como resultado, mais de 1.200 pessoas em Israel foram mortas e cerca de 240 outras foram raptadas. Israel lançou ataques retaliatórios, ordenou um bloqueio total de Gaza e lançou uma incursão terrestre no enclave palestino com o objetivo declarado de eliminar os combatentes do Hamas e resgatar os reféns. Mais de 22 mil pessoas foram mortas até agora em Gaza como resultado dos ataques israelenses, disseram as autoridades locais.
No dia 24 de novembro, o Catar mediou um acordo entre Israel e o Hamas sobre uma trégua temporária e a troca de alguns dos prisioneiros e reféns, bem como a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O cessar-fogo foi prorrogado várias vezes e expirou em 1º de dezembro.
Fonte: sputniknewsbrasil